UM OLHO NO BRASIL
Taxa de desemprego cai para 6,6% no trimestre finalizado em agosto. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgados nesta sexta-feira (27) pelo IBGE, a taxa de desemprego no Brasil caiu para 6,6% no trimestre de junho a agosto, recuando 0,5 ponto percentual (p.p.) ante o trimestre imediatamente anterior, quando a taxa ficou em 7,1%. O resultado do segundo trimestre de 2024 representa o menor nível desde o início da série histórica, que começou em 2012. Já em relação ao mesmo trimestre móvel de 2023 (7,8%), a taxa de desemprego recuou 1,2 ponto percentual. Conforme pesquisa, a população desocupada caiu para 7,3 milhões, o menor número de pessoas procurando trabalho desde o trimestre encerrado em janeiro de 2015, enquanto o número total de trabalhadores chegou a 102,5 milhões, também batendo novo recorde. Na comparação trimestral, a população ocupada do país cresceu 1,2%, correspondendo a mais 1,2 milhão de trabalhadores. Frente ao mesmo trimestre móvel do ano passado, esse contingente cresceu 2,9%, o equivalente a mais 2,9 milhões de pessoas.
IPCA-15 sobe 0,13% em setembro. Conforme dados publicados nesta quarta-feira (25), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) foi de 0,13% em setembro, desacelerando após 0,19% em agosto. No ano, o IPCA-15 acumula alta de 3,15%. Já no acumulado dos últimos 12 meses, o índice variou 4,12%, abaixo dos 4,35% observados nos 12 meses até agosto. Os dados de setembro vieram abaixo do esperado pelos analistas, que projetavam 0,29% na leitura mensal e 4,29% em 12 meses. Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete registraram alta em agosto. O grupo Habitação respondeu pela maior variação e maior impacto no índice geral (0,50% e 0,08 p.p.). Já Alimentação e bebidas, grupo com maior peso no índice, subiu 0,05% e impactou o indicador em 0,01 p.p., após dois meses de deflação.
Ata do Copom mantém tom duro e destaca cenário mais desafiador. O Banco Central do Brasil divulgou, nesta terça-feira (24), a Ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), ocorrida nos dias 17 e 18 de setembro. Na ocasião, o colegiado decidiu em unanimidade pela elevação da taxa Selic em 0,25 p.p., para 10,75% a.a.. Em sua avaliação a respeito da conjuntura econômica global, o Comitê destacou a permanência do ambiente externo desafiador, contudo, mais benigno do que observado na reunião anterior. Sobre os Estados Unidos, o colegiado argumentou que permanece grande incerteza a respeito do grau de arrefecimento das pressões no mercado de trabalho e da desaceleração da atividade econômica. Em relação ao cenário doméstico, o conjunto dos indicadores de atividade econômica e do mercado de trabalho permanecem apresentando dinamismo maior do que o esperado. O colegiado argumentou que esse ritmo de crescimento da atividade torna mais desafiador o processo de convergência da inflação à meta. No tocante à inflação, o colegiado mencionou que o cenário prospectivo de inflação se tornou mais desafiador, com o aumento das projeções de inflação de médio prazo, mesmo condicionadas em uma trajetória de taxa de juros mais elevada. Em sua decisão, o Copom julgou válido realizar o aperto monetário de forma gradual, assumindo um posicionamento dependente dos dados, reforçando o contexto de incertezas tanto no ambiente externo quanto doméstico.
IGP-M sobe 0,62% em setembro. Conforme dados divulgados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta sexta-feira (27), o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) subiu 0,62% em setembro acelerando frente aos 0,29% registrados no mês anterior. Com o resultado, o IGP-M acumula alta de 2,64% no ano e de 4,53% nos últimos 12 meses. Em setembro de 2023, o índice havia registrado variação de 0,37% no mês e acumulava queda de 5,97% em 12 meses. Em setembro, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) registrou variação de 0,70%, avançando ante a alta de 0,29% observada em agosto. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) teve alta de 0,33%, avançando após 0,09% em agosto, enquanto o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou alta de 0,61% em setembro, taxa levemente inferior a variação de 0,64% observada no mês anterior.
Índice de preços ao produtor sobe 0,61% em agosto. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou nesta quinta-feira (26), que o Índice de Preços ao Produtor (IPP), que mede a evolução dos preços de produtos na “porta da fábrica”, sem impostos e fretes, da indústria extrativa e de 23 setores da indústria de transformação, subiu 0,61% em agosto desacelerando após 1,53% em julho. Segundo afirmou Alexandre Brandão, gerente do IPP no IBGE, em nota oficial, “Após um período com registros negativos, o IPP em 2024 chega ao seu sétimo resultado positivo seguido. O crescimento verificado em agosto foi um pouco menor do que o de julho, com destaque para os aumentos de preços nos setores de alimentos e outros produtos químicos. Por outro lado, a variação negativa obtida pela atividade de indústrias extrativas ajudou a conter o quadro inflacionário na indústria”.
Banco Central melhora projeção para o PIB, indica relatório trimestral de inflação. O Banco Central divulgou nesta terça-feira (26) seu Relatório Trimestral de Inflação (RTI), com novas projeções para os principais indicadores econômicos brasileiros. No documento, o Banco Central melhorou sua projeção para o crescimento econômico em 2024, passando para 3,2% após 2,3%, no documento divulgado em junho, em função de um impacto menor do que o esperado das enchentes no Rio Grande do Sul, contudo, há previsão de desaceleração em 2025. A nova projeção para este ano se alinha aos cálculos do Ministério da Fazenda, que também prevê expansão de 3,2% para o PIB. Já o mercado, segundo a pesquisa Focus mais recente, estima que a economia crescerá 3,00% em 2024. O BC afirmou que a revisão para cima no PIB deste ano decorre principalmente da “elevada surpresa” positiva, mas ponderou que espera um ritmo menor na segunda metade deste ano e ao longo de 2025. Entre as razões para a desaceleração, foi destacado “a expectativa de menor impulso fiscal, interrupção da flexibilização monetária iniciada em 2023, menor grau de ociosidade dos fatores de produção e ausência de forte impulso externo.” A autarquia também espera que a agropecuária registre recuo de 1,6% em 2024 e alta de 2,0% em 2025. Para a indústria, o Banco Central projeta crescimentos de 3,5% em 2024 e 2,4% no ano seguinte. No caso de serviços, a previsão é de altas de 3,2% neste ano e 1,9% em 2025.
Brasil abre 232.513 vagas com carteira assinada em agosto, mostra Caged. Segundo dados divulgados pelo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho e Emprego nesta sexta-feira (27), o Brasil criou 232.513 vagas de trabalho com carteira assinada no mês de agosto, decorrentes de 2.231.410 admissões e 1.998.897 desligamentos. O resultado de agosto representa a maior criação mensal desde abril, quando criou 239.785 novas vagas. No acumulado do ano foram criados 1.726.489 cargos formais, resultantes de 17.595.190 admissões e 15.868.701 desligamentos atingindo um estoque total de 47.243.764 vínculos celetistas ativos no Brasil.
OUTRO NO MUNDO
PMI Composto dos Estados Unidos cai para 54,4 em setembro. Segundo dados preliminares divulgados nesta segunda-feira (23) pela S&P Global, o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto dos Estados Unidos, que engloba os setores industrial e de serviços, caiu para 54,4 em setembro após 54,6 em agosto. O resultado surpreendeu ao apresentar queda ante as projeções de alta dos analistas, que esperavam avanço a 55,1. O PMI de serviços desacelerou de 55,7 para 55,4, mas ainda ficou acima das expectativas, que indicavam queda para 55. Já o PMI industrial recuou de 47,9 para 47 no mesmo período, atingindo o menor patamar em 15 meses. Neste caso, a projeção era de alta a 48,6.
PIB dos Estados Unidos cresce 3% no segundo trimestre, aponta leitura final. De acordo com a leitura final do indicador publicada pelo Departamento do Comércio do país nesta quinta-feira (26), o Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos cresceu a uma taxa anualizada de 3,0% no segundo trimestre de 2024, replicando o resultado antecipado na segunda leitura preliminar. Em dólares correntes, o PIB subiu 5,6% no trimestre, o equivalente a US$ 392,6 bilhões, para um nível total de US$ 29,02 trilhões. O crescimento do PIB no segundo trimestre refletiu sobretudo o aumento nos gastos do consumidor, investimento em estoques e investimentos empresariais.
Núcleo da inflação dos Estados Unidos desacelera 0,1% em agosto. De acordo com dados divulgados nesta sexta-feira (27) pelo Departamento de Comércio do país, o núcleo do índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, desacelerou para 0,1% em agosto após ter subido 0,2% no mês anterior, valor que veio abaixo das projeções dos analistas, que estimavam manutenção da inflação mensal em 0,2%. Em 12 meses, o núcleo do PCE subiu de 2,6% para 2,7% em agosto. O índice cheio também desacelerou de 0,2% 0,1% no comparativo mensal e de 2,5% para 2,2% na leitura anual. No período, a inflação dos bens diminuiu 0,2% e os preços dos serviços aumentaram 0,2%. Já os preços dos alimentos aumentaram 0,1% e os preços da energia caíram 0,8%.
PMI composto da zona do euro recua para 48,9 em setembro. Conforme dados preliminares divulgados nesta segunda-feira, 23, pela S&P Global em parceria com o Hamburg Commercial Bank, o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto da zona do euro recuou de 51 em agosto para 48,9 em setembro, atingindo o menor patamar em oito meses e ficando no campo da contração. O resultado ficou abaixo da expectativa de analistas, que estimavam queda do PMI composto a 50,6. No mês, o PMI industrial da zona do euro caiu de 45,8 para 44,8, tocando o menor nível em nove meses e vindo abaixo das estimativas de queda a 45,6. Já o PMI de serviços do bloco diminuiu intensamente, saindo de 52,9 em agosto para 50,5 em setembro e atingiu o menor patamar em sete meses, ficando abaixo da previsão de 52,5. Contudo, o setor de serviços permanece no campo de expansão da atividade, uma vez que se mantém acima de 50 pontos.
Lucro industrial da China cai 17,8% em agosto na comparação anual. Conforme dados divulgados pelo Escritório Nacional de Estatísticas da China (NBS, na sigla em inglês) nesta sexta-feira (27), o lucro industrial da China caiu 17,8% em agosto após expandir 4,1% em julho, no comparativo anual. Com esse resultado, a China registra o primeiro mês de queda após quatro meses consecutivos de alta, em meio ao esforço da indústria chinesa de compensar a queda prolongada do mercado imobiliário. Já no acumulado de janeiro a agosto deste ano, o lucro industrial avançou 0,5% em relação ao mesmo período do ano passado.
Ata da reunião do Banco Central do Japão indica que houve melhor nas condições de emprego e renda no país. De acordo com a ata da reunião de política monetária, realizada nos dias 30 e 31 de julho, os dirigentes do Banco do Japão (BoJ) concordaram que a situação do emprego e da renda melhoraram moderadamente no país. Já em relação à inflação, os membros do BoJ afirmaram que a taxa anual do Índice de preços ao Consumidor havia sido de cerca de 2,5% recentemente em função da alta moderada dos preços dos serviços, refletindo fatores como os aumentos salariais. Na reunião, os integrantes reconheceram que a economia do Japão provavelmente continuaria crescendo em um ritmo acima de sua taxa de crescimento potencial e concordaram que as expectativas de inflação haviam aumentado moderadamente. Além disso, um dos membros observou que, dado o ambiente atual de preços, talvez seja o momento de considerar a possibilidade de aumentar ligeiramente a taxa de juros.