PRINCIPAIS DESTAQUES
PIB do Brasil cresce 3,4% em 2024;
PMI composto do Brasil sobe a 51,2 pontos em fevereiro;
Brasil fica em 20º lugar em ranking das economias que mais cresceram em 2024;
Estados Unidos criam 151 mil vagas de emprego em fevereiro;
PIB da zona do euro sobe 0,2% no 4° trimestre;
China diz estar pronta para ‘qualquer tipo de guerra’ com os Estados Unidos.
UM OLHO NO BRASIL
PIB do Brasil cresce 3,4% em 2024. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou, nesta sexta-feira (7), que o PIB do Brasil cresceu 3,4% em 2024, totalizando R$ 11,7 trilhões no ano, em termos nominais. O crescimento de 2024 foi mais forte do que o avanço de 3,2% registrado em 2023. Em relação ao último trimestre do ano, o PIB subiu 0,2%, desacelerando ante os trimestres anteriores. No ano, o crescimento da economia foi puxado pelos setores de serviços, que subiu 3,7%, e indústria, com alta de 3,3%. A agropecuária, porém, teve um recuo de 3,2%, afetado pelos fenômenos climáticos e pela desaceleração das exportações do setor. Além disso, o consumo das famílias, impulsionado principalmente pelos estímulos fiscais dados pelo governo e um mercado de trabalho aquecido, também contribuiu para a expansão do PIB no ano, com uma alta de 4,8% em relação a 2023.
Alckmin diz a secretário de Trump que balança comercial com o Brasil favorece os EUA. Em uma chamada por videoconferência nesta quinta-feira (06), o vice-presidente Geraldo Alckmin argumentou com o secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, e com o representante comercial dos EUA (USTR), Jamieson Greer, que o balanço do comércio bilateral tem sido favorável aos americanos. A reunião ocorreu em meio às últimas declarações do presidente Donald Trump de que o Brasil pode se tornar alvo de uma rodada de tarifas de importação. Em nota, a Vice-Presidência afirmou que Alckmin destacou que Brasil e Estados Unidos têm uma balança comercial de cerca de US$ 80 bilhões, com superávit de US$ 200 milhões para os americanos. Ainda de acordo com a nota, se considerados bens e serviços, o superávit comercial dos Estados Unidos com o Brasil supera os US$ 25 bilhões. Segundo Alckmin, a intenção do governo brasileiro é “fortalecer a complementariedade econômica entre os países e aumentar a reciprocidade, fortalecer nossas empresas e, acima de tudo, contribuir para as boas práticas comerciais entre os dois países”.
PMI composto do Brasil sobe a 51,2 pontos em fevereiro. Segundo dados divulgados pela S&P Global nesta quarta-feira (05), o PMI Composto do Brasil subiu a 51,2 pontos em fevereiro, acelerando após 48,2 em janeiro, voltando ao patamar de expansão. O PMI de serviços subiu de 47,6 para 50,6 enquanto o PMI industrial aumentou de 50,7 para 53 no mesmo período. Os números mostraram que a indústria registrou melhoras mais significativas que o setor de serviços tanto em relação a novas encomendas quanto em atividade dos negócios. A criação de emprego também foi mais rápida no segmento industrial. Considerando os dois setores, o emprego cresceu no ritmo mais rápido desde maio de 2024. Segundo Pollyanna De Lima, diretora associada de economia da S&P Global Market Intelligence, os dados indicam um horizonte mais positivo para a economia brasileira, mas a perspectiva “desafiadora” em relação ao comércio, a fraqueza do real e questões fiscais “complicam o cenário e apontam coletivamente para uma estrada acidentada à frente”.
Brasil fica em 20º lugar em ranking das economias que mais cresceram em 2024. Conforme um ranking divulgado pela Austin Rating,que elabora o ranking dos maiores PIBs, em um ranking de 64 países, a economia brasileira ficou em 20º lugar em relação ao crescimento em 2024. Com o resultado, o Brasil superou outras nações emergentes como Coreia do Sul (que cresceu 2,1% e ficou em 34º lugar no ranking) e Tailândia (crescimento de 2,5% e 29º lugar no levantamento). O desempenho do Brasil ficou à frente de economias relevantes como a dos Estados Unidos (2,8%) e Espanha (3,3%) e mais próximo de seus pares emergentes, com os quais disputa investimentos. Considerando o PIB em dólares, o Brasil fechou 2024 na décima posição entre as maiores economias do mundo, com US$ 2,1 trilhões. Em primeiro lugar, estão os Estados Unidos, com PIB de US$ 29,1 trilhões, seguido da China, com US$ 18,2 trilhões e em terceiro a Alemanha, com US$ 4,7 trilhões.
OUTRO NO MUNDO
Estados Unidos criam 151 mil vagas de emprego em fevereiro. Conforme dados do relatório payroll publicado pelo Departamento do Trabalho do país, os Estados Unidos criaram 151 mil vagas de trabalho em fevereiro, abaixo das projeções de 159 mil. Contudo, o dado de fevereiro acelerou frente à leitura de janeiro, quando a economia norte-americana criou 143 mil novos empregos. A taxa de desemprego, por sua vez, apresentou leve alta ao subir de 4,0% para 4,1%, fechando o mês em 7,1 milhões de desempregados.
PMI Composto dos Estados Unidos recua a 51,6. Segundo pesquisa final publicada pela S&P Global nesta quarta-feira (05), o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto, que engloba serviços e indústria, recuou de 52,7 em janeiro para 51,6 em fevereiro, acima da leitura preliminar de 50,4. No mês, o PMI de serviços caiu de 52,9 em janeiro para 51,0 em fevereiro, em linha com a leitura preliminar e acima das estimativas de queda a 49,7. Já o PMI industrial subiu de 51,2 em janeiro a 52,7 em fevereiro, acima da leitura preliminar e da previsão dos analistas, de alta a 51,6.
Trump aumenta tarifas para produtos da China. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta segunda-feira (03) que aumentou para 20% as tarifas a produtos chineses. A decisão passou a valer a partir desta terça-feira (04). Para a China, começa a valer uma tarifa adicional de 10% sobre as importações, que se somam aos 10% que entraram em vigor no começo de fevereiro. A justificativa dos Estados Unidos é a de que a imposição destas tarifas é uma forma de combater a venda de drogas no país, afirmando que a China tem se mostrado incapaz de “combater a avalanche de fentanil”, uma vez que a China facilitaria essa cadeia produtiva e comercial.
Taxa de desemprego da zona do euro se mantém em 6,2% em janeiro. Conforme dados com ajustes sazonais divulgados nesta terça-feira (04) pela Eurostat, agência oficial de estatísticas da União Europeia, a taxa de desemprego da zona do euro se manteve em 6,2% em janeiro, em linha com a previsão de analistas. A agência estima que 10,655 milhões de pessoas na zona do euro estavam desempregadas em janeiro, uma queda de 42 mil na comparação com dezembro. Em relação a janeiro de 2024, quando a taxa de desemprego estava em 6,1%, o número de pessoas desempregadas diminuiu em 547 mil.
PIB da zona do euro sobe 0,2% no 4° trimestre. Segundo dados revisados publicados pela Eurostat nesta sexta-feira (07), o Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro subiu 0,2% no quarto trimestre de 2024 em relação ao trimestre imediatamente anterior, quando avançou 0,4%. Com a revisão, o PIB subiu ligeiramente no quarto trimestre, uma vez que o dado divulgado anteriormente apontava alta de apenas 0,1% no período. Em base anual, o PIB da região avançou 1,2% no quarto trimestre, uma revisão para cima após a leitura anterior mostrar alta de 0,9%. No terceiro trimestre, houve avanço de 1,0%. Em 2024 como um todo, o PIB aumentou 0,9% após crescimento de 0,4% em 2023.
BCE reduz juros para 2,5% e sinaliza possível pausa em cortes. Na reunião ocorrida nesta quinta-feira (06), o Banco Central Europeu (BCE) resolveu cortar suas principais taxas de juros em 25 pontos-base, em linha com as projeções do mercado. Desta forma, a taxa de depósito foi reduzida de 2,75% para 2,50%, a de refinanciamento, de 2,90% para 2,65%, e a de empréstimos, de 3,15% para 2,90%. Com a decisão, a autoridade monetária realizou a sexta redução dos juros desde 2024, em meio a sinais de que inflação da região segue relativamente sob controle. Contudo, o BCE sinalizou maior cautela em relação aos próximos passos, especialmente diante da incerteza com a política tarifária dos Estados Unidos. Em entrevista coletiva após a decisão, a presidente do BCE, Christine Lagarde, afirmou que, diante das incertezas no cenário econômico, a autoridade monetária pode pausar o ciclo de cortes de juros se for necessário. “Não estamos nos comprometendo com um caminho e seremos cada vez mais dependente dos dados. Se os dados indicam que a decisão apropriada é cortar, então iremos fazer isso, mas se os dados mostrarem que não é momento, então iremos pausar.”, afirmou a presidente.
Inflação da zona do euro sobe a 2,4% em fevereiro. Conforme leitura preliminar divulgada nesta segunda-feira (03) pela Eurostat, a inflação ao consumidor subiu a uma taxa anualizada de 2,4% em fevereiro, uma desaceleração após a alta de 2,5% registrada em janeiro. Contudo, os analistas previam desaceleração maior, a 2,3%. Já o núcleo do indicador, que desconsidera os preços de energia e de alimentos, subiu 2,6% em fevereiro, ante igual mês do ano anterior, em linha com as projeções, também perdendo força ante o avanço anual de 2,7% em janeiro.
PMI industrial da China sobe a 50,8 em fevereiro. Segundo a leitura final da S&P Global em parceria com a Caixin, divulgada nesta segunda-feira (03), o PMI industrial da China subiu de 50,1 em janeiro para 50,8 em fevereiro. Conforme a pesquisa, a alta foi apoiada por aumentos na produção e em novos pedidos em meio às evidências de melhores condições de mercado no país. O PMI de serviços, por sua vez, subiu de 51,0 em janeiro para 51,4 em fevereiro. A pesquisa mostrou que os proprietários de empresas do setor de serviços observaram uma melhora modesta nas condições operacionais no mês passado, com o volume de novos negócios e os pedidos de exportação continuando a crescer. Contudo, a escalada da guerra tarifária com os Estados Unidos tem lançado incertezas sobre as perspectivas de crescimento da atividade econômica chinesa.
China diz estar pronta para ‘qualquer tipo de guerra’ com os Estados Unidos. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, afirmou nesta quarta-feira (05), que o país está preparado para enfrentar “qualquer tipo de guerra” contra os Estados Unidos. Essa declaração surge em resposta às tarifas comerciais que foram implementadas pelo presidente Donald Trump. Jian enfatizou que, se os EUA desejam um conflito, seja ele tarifário ou comercial, a China está disposta a lutar até o fim. A embaixada chinesa em Washington também se manifestou, criticando a postura americana que utiliza a crise do fentanil como justificativa para a imposição de tarifas. Em retaliação à imposição de novas tarifas aos produtos chineses, a China impôs tarifas de 10% a 15% sobre produtos agrícolas dos Estados Unidos.
