Conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (10), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,24% em junho, desacelerando levemente após a variação de 0,26% registrada em maio. Com o resultado, o índice acumula alta de 2,99% no ano e 5,35% nos últimos 12 meses. O IPCA de junho veio acima do esperado pelos analistas, que projetavam uma variação mensal de 0,20%.
O grupo Habitação apresentou a maior variação ao subir 0,99%, impactando o índice em 0,15 ponto percentual e respondendo por mais da metade do IPCA de junho. O resultado foi impulsionado principalmente pela alta de 2,96% da energia elétrica residencial, reflexo da adoção da bandeira tarifária vermelha patamar 1. O segundo maior impacto foi causado pelo grupo Transportes, ao variar 0,27% e impactar o índice geral em 0,05 p.p.
Por outro lado, Alimentação e bebidas recuou 0,18%, sendo o único grupo a apresentar variação negativa mês, impactando o índice geral em -0,04 p.p. A alimentação no domicílio recuou 0,43%, com destaque para as quedas nos preços do ovo de galinha (-6,58%), arroz (-3,23%) e frutas (-2,22%). A alimentação fora do domicílio variou 0,46%, desacelerando frente à elevação de 0,58% em maio.
No que se refere às expectativas do mercado, o Boletim Focus, publicado na última segunda-feira (07), projeta o IPCA em 5,18% para o fechamento de 2025, mantendo-se acima do teto da meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional.