Overview – 19.12.25

PRINCIPAIS DESTAQUES

  • Taxa de desemprego urbana da China fica em 5,1% em novembro
  • EUA criam 64 mil vagas em novembro e payroll vem acima do esperado
  • Inflação ao consumidor da zona do euro subiu apenas 2,1% em novembro
  • Atividade econômica brasileira recua 0,20% em outubro
  • Ata do Copom reforça sinal de Selic alta por período prolongado
  • IFI projeta PIB de 2,3% em 2025 e inflação dentro do limite da meta

UM OLHO NO BRASIL

Atividade econômica brasileira recua 0,20% em outubro – O Banco Central informou nesta segunda-feira (15) que o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) registrou recuo de 0,20% em outubro de 2025 na comparação com setembro, na série dessazonalizada, ficando abaixo das expectativas do mercado e confirmando um segundo recuo consecutivo. A queda refletiu principalmente a fraqueza observada nos setores industrial e de serviços, enquanto o setor agropecuário apresentou desempenho positivo, contribuindo para atenuar a retração do índice. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o IBC-Br avançou 0,4%. No acumulado do ano e nos últimos 12 meses, o indicador mostrou crescimento de 2,40% e 2,50%, respectivamente.

Ata do Copom reforça sinal de Selic alta por período prolongado – O Banco Central divulgou na terça-feira (16) a ata da última reunião do Copom e manteve a mensagem central de cautela, indicando que o nível atual de restrição monetária deve ser preservado por mais tempo. O comitê reconheceu melhora recente na inflação corrente e sinais de desaceleração gradual da atividade, mas avaliou que as expectativas seguem acima da meta no horizonte relevante, o que reduz espaço para flexibilização no curto prazo. No diagnóstico, o mercado de trabalho ainda aparece como ponto de atenção, apesar de indícios iniciais de acomodação, e a perda de ritmo do consumo ajuda a aliviar pressões. No cenário externo, a avaliação foi de menor incerteza do que há alguns meses, embora com riscos ainda presentes, mantendo o BC dependente dos próximos dados para calibrar a condução da política.

IFI projeta PIB de 2,3% em 2025 e inflação dentro do limite da meta – A Instituição Fiscal Independente (IFI) divulgou nesta quinta-feira (18) o Relatório de Acompanhamento Fiscal, no qual projeta crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,3% em 2025 e de 1,7% em 2026. Para a inflação, a IFI estima IPCA de 4,3% ao final de 2025, dentro do intervalo de tolerância da meta, com desaceleração para 3,9% em 2026. No diagnóstico fiscal, o instituto destacou a rigidez do orçamento e o avanço das despesas obrigatórias, avaliando que a recorrência de abatimentos e exclusões no arcabouço fiscal tem reduzido a credibilidade das metas e ampliado a incerteza. Segundo a IFI, as despesas fora da regra somam mais de R$ 170 bilhões nos primeiros anos de vigência do novo regime.

Investimentos diretos no Brasil superam expectativas em novembro – A Reuters informou nesta sexta-feira (19) que o Banco Central registrou ingresso de investimentos diretos no país de US$ 9,820 bilhões em novembro, acima da projeção de US$ 6,5 bilhões e superior ao volume observado em novembro de 2024. No mesmo mês, o déficit em transações correntes foi de US$ 4,943 bilhões, em linha com o esperado, levando o déficit acumulado em 12 meses a 3,47% do PIB. A composição do resultado externo mostrou superávit comercial de US$ 5,119 bilhões, enquanto a conta de renda primária permaneceu como principal fator de pressão, com déficit de US$ 6,169 bilhões, além de déficit em serviços de US$ 4,454 bilhões.

Brasil registra déficit em conta corrente de US$ 4,9 bi em novembro – O Banco Central informou nesta sexta-feira (19) que o Brasil registrou déficit em transações correntes de US$ 4,943 bilhões em novembro, em linha com a expectativa do mercado, com o saldo negativo acumulado em 12 meses equivalente a 3,47% do PIB. No mesmo período, os investimentos diretos no país somaram US$ 9,820 bilhões, acima do projetado, contribuindo para o financiamento do déficit por meio de um fluxo considerado mais estável.

OUTRO NO MUNDO

Taxa de desemprego urbana da China fica em 5,1% em novembro – Segundo dados divulgados nesta segunda-feira (15) pelo Departamento Nacional de Estatísticas (DNE), a taxa de desemprego urbano pesquisada da China manteve-se em 5,1% em novembro. No acumulado de janeiro a novembro, a média foi de 5,2%. Entre os grupos específicos, a taxa de desemprego entre trabalhadores migrantes rurais ficou em 4,4%, abaixo da média nacional. O resultado reforça a avaliação oficial de estabilidade do mercado de trabalho e permanece compatível com a meta do governo de desemprego urbano em torno de 5,5% em 2025, além do objetivo de criação de mais de 12 milhões de empregos urbanos ao longo do ano.

EUA criam 64 mil vagas em novembro e payroll vem acima do esperado – O Bureau of Labor Statistics (BLS) informou nesta terça-feira (16) que a economia dos Estados Unidos criou 64 mil vagas de trabalho em novembro, acima da projeção de 45 mil. A taxa de desemprego subiu para 4,6%, superando as expectativas do mercado, enquanto o salário médio por hora avançou 3,5% na comparação anual. Além disso, o dado de setembro foi revisado para baixo, de 119 mil para 108 mil vagas. O resultado indica um mercado de trabalho ainda resiliente, o que tende a reduzir a urgência de cortes de juros no curto prazo e mantém o Federal Reserve dependente da evolução dos próximos indicadores econômicos.

Inflação ao consumidor da zona do euro subiu apenas 2,1% em novembro – A Eurostat divulgou nesta quarta-feira (17) que a inflação ao consumidor da zona do euro ficou em 2,1% em novembro, abaixo da estimativa preliminar de 2,2% e estável em relação a outubro. Na comparação mensal, o índice recuou 0,3%, após alta de 0,2% no mês anterior, enquanto o núcleo da inflação permaneceu em 2,4% na comparação em 12 meses. O resultado mantém a leitura de inflação próxima da meta e reforça a manutenção da taxa básica do Banco Central Europeu (BCE) em 2%, com os próximos passos condicionados principalmente à trajetória dos preços de serviços e à atividade econômica.

Banco do Japão aumenta taxas de juros para maior nível em 30 anos – O Banco do Japão (BoJ) anunciou nesta sexta-feira (19) um aumento de 25 pontos-base na sua taxa de juros de curto prazo, de 0,50% para 0,75%, o nível mais alto desde 1995. A decisão foi tomada por unanimidade e representa mais um passo na normalização da política monetária após décadas de estímulo extraordinário. No comunicado, o BoJ indicou que poderá elevar novamente os juros caso as projeções de atividade e inflação se materializem, destacando que as taxas reais ainda permanecem significativamente baixas. O banco também revisou sua avaliação sobre a economia e os preços, removendo a referência anterior de que tarifas dos Estados Unidos poderiam estagnar o crescimento e a inflação.

União Europeia decide adiar assinatura do acordo de livre comércio com Mercosul – Nesta quinta-feira (18), líderes da União Europeia decidiram adiar a assinatura do acordo de livre comércio com o Mercosul para janeiro de 2026. O tratado, negociado por mais de 25 anos e esperado como um dos maiores pactos de comércio livre já concluídos entre os blocos, estava previsto para ser oficializado durante a cúpula do Mercosul em Foz do Iguaçu. No entanto, a assinatura foi reprogramada após dificuldade em obter apoio interno suficiente entre os Estados-membros, em meio a protestos de agricultores e à resistência política de países como França e Itália. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, confirmou o adiamento e reiterou o compromisso das partes em concluir o processo de ratificação.

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