IPCA-15 sobe 0,20% em novembro e acumula alta de 4,50% em 12 meses

Conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (26), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) registrou alta de 0,20% em novembro, ligeiramente acima da variação de 0,18% observada em outubro. No acumulado de 2025, o indicador soma elevação de 4,15%, enquanto a taxa em 12 meses recuou de 4,94% para 4,50%, permanecendo acima do centro da meta de inflação.

Sete dos nove grupos pesquisados tiveram alta no mês. A maior variação foi a de Despesas pessoais (0,85%), que também exerceu o maior impacto individual no índice (0,09 ponto percentual), influenciada pelas altas de hospedagem e pacote turístico. Saúde e cuidados pessoais avançou 0,29%, com destaque para o reajuste dos planos de saúde. Transportes subiu 0,22%, impulsionado pela elevação de 11,87% nas passagens aéreas, que representaram o maior impacto individual do mês, enquanto os combustíveis recuaram em média 0,46%.

O grupo Alimentação e bebidas voltou a apresentar alta após cinco meses de queda, com variação de 0,09%. A alimentação no domicílio permaneceu em deflação (-0,15%), refletindo recuos nos preços do leite longa vida, do arroz e das frutas, enquanto batata-inglesa, óleo de soja e carnes registraram aumentos. A alimentação fora do domicílio acelerou para 0,68%, com avanço tanto das refeições quanto dos lanches.

O grupo Habitação desacelerou de 0,16% para 0,09%. Nesse grupo, a energia elétrica residencial caiu 0,38%, mesmo com a vigência da bandeira tarifária vermelha patamar 1, que acrescenta R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos. O resultado refletiu a combinação de reajustes tarifários regionais ocorridos no mês e o comportamento de outros itens do grupo, como condomínio (0,38%), aluguel residencial (0,37%) e a alta das tarifas de água e esgoto em algumas capitais, entre elas Fortaleza. Esses movimentos compuseram o desempenho geral do grupo no período.

Entre as áreas pesquisadas, dez das onze registraram alta em novembro. Belém apresentou a maior variação (0,67%), influenciada por fortes altas em hospedagem e passagens aéreas. Belo Horizonte teve o menor resultado (-0,05%), refletindo quedas em gasolina e frutas.

Em relação às expectativas, o Boletim Focus divulgado na segunda-feira (24) projeta IPCA de 4,45% para o fechamento de 2025, sinalizando inflação anual moderada, porém ainda acima do centro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional.

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