Conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (25), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), subiu 0,33% em julho, acelerando levemente após a variação de 0,26% registrada em junho. Com o resultado, o índice acumula alta de 3,40% no ano e 5,30% nos últimos 12 meses. O IPCA-15, conhecido como a “prévia da inflação”, veio ligeiramente acima do esperado pelos analistas, que projetavam uma variação de 0,30% em julho e de 5,26% em 12 meses.
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, cinco registraram alta em seus preços. O grupo Habitação apresentou a maior variação, ao subir 0,98%, exercendo o maior impacto no indicador no mês. O resultado foi impulsionado principalmente pela alta de 3,01% na energia elétrica residencial, refletindo a permanência da adoção da bandeira tarifária vermelha patamar 1.
Em seguida, o grupo Transportes exerceu a segunda maior variação, ao subir 0,67%, impactando o índice em 0,13 p.p.. A alta foi impulsionada especialmente pelo aumento nas passagens aéreas, que subiram 19,86% no período.
Por outro lado, o grupo Alimentação e bebidas recuou 0,06%, caindo pelo segundo mês consecutivo. O resultado foi puxado pela queda de 0,40% da alimentação no domicílio, com destaque para a baixa dos preços de batata-inglesa (-10,48%), cebola (-9,08%) e arroz (-2,69%). Já a alimentação fora do domicílio acelerou de 0,55% em junho para 0,84% em julho, impulsionada pela alta do lanche (1,46%) e da refeição (0,65%). Em relação aos demais grupos, observaram-se aumentos nos preços de Despesas pessoais (0,25%), Saúde e cuidados pessoais (0,21%) e Comunicação (0,11%).
No que se refere às expectativas do mercado, o Boletim Focus publicado na última segunda-feira (21) projeta o IPCA em 5,10% para o fechamento de 2025.