Conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (12), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,26% em julho, acelerando levemente frente à variação de 0,24% registrada em junho. Com o resultado, o índice acumula alta de 3,26% no ano e de 5,23% nos últimos 12 meses, abaixo dos 5,35% acumulados até junho.
O grupo Habitação apresentou a maior variação ao subir 0,91%, impactando o índice em 0,14 ponto percentual. O resultado foi impulsionado principalmente pela alta de 3,04% da energia elétrica residencial, reflexo da manutenção da bandeira tarifária vermelha patamar 1 e de reajustes aplicados por concessionárias em diversas capitais.
O segundo maior impacto veio de Despesas pessoais, que avançou 0,76% e contribuiu com 0,08 p.p. para o índice geral, influenciado pelo reajuste, a partir de 9 de julho, nos jogos de azar, que subiram 11,17% e impactaram em 0,05 p.p.
Transportes variou 0,35% e impactou o índice em 0,07 p.p., impulsionado pelo aumento de 19,92% nas passagens aéreas. Esse movimento foi parcialmente compensado pela queda de 0,64% nos combustíveis, influenciada por recuos no etanol (-1,68%), no diesel (-0,59%), na gasolina (-0,51%) e no gás veicular (-0,14%).
Por outro lado, Alimentação e bebidas recuou 0,27%, causando impacto de -0,06 p.p. A alimentação no domicílio caiu 0,52%, enquanto a alimentação fora do domicílio acelerou de 0,67% em junho para 0,87% em julho.
Entre os demais grupos, registraram elevação Saúde e cuidados pessoais (0,45%) e Comunicação (0,09%), enquanto Vestuário apresentou queda de 0,54%.
No que se refere às expectativas do mercado, o Boletim Focus, publicado na última segunda-feira (11), projeta o IPCA em 5,05% para o fechamento de 2025, permanecendo acima do teto da meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional.