Overview – 05.09.25

PRINCIPAIS DESTAQUES
PIB do Brasil cresce 0,4% no 2º trimestre;
Produção industrial brasileira recua 0,2% em julho;
Balança comercial registra superávit de US$ 6,1 bilhões em agosto;
Estados Unidos criam 22 mil vagas de emprego em agosto;
Desemprego na zona do euro recua a 6,2% em julho;
Putin afirma que parceria com a China vive seu auge histórico.

UM OLHO NO BRASIL
Balança comercial registra superávit de US$ 6,1 bilhões em agosto. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) informou nesta quinta-feira (04) que a balança comercial brasileira teve superávit de US$ 6,133 bilhões em agosto, uma alta de 35,8% em relação ao mesmo mês de 2024, quando o saldo havia sido de US$ 4,5 bilhões. As exportações somaram US$ 29,9 bilhões, um avanço de 3,9% na comparação anual puxado por petróleo bruto (+18%), soja (+11%) e milho (+17,9%). Já as importações caíram 2% no mesmo período, totalizando US$ 23,7 bilhões. O resultado foi impactado negativamente pelas tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos, que reduziram os embarques de café (-10,3%) e carne bovina (-8,5%), apesar da alta nos preços. No acumulado do ano até agosto, o superávit chega a US$ 42,8 bilhões, resultado do avanço de 0,5% nas exportações e de 6,9% nas importações em relação ao mesmo intervalo de 2024.

PIB do Brasil cresce 0,4% no 2º trimestre. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou, nesta terça-feira (02), que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 0,4% no segundo trimestre de 2025, totalizando R$ 3,2 trilhões, em valores correntes. O número representa uma desaceleração em relação ao primeiro trimestre, quando a expansão foi de 1,3%. Ainda assim, o resultado superou a expectativa do mercado, que estimava alta de 0,3%. Em relação ao mesmo período de 2024, o crescimento foi de 2,2%. O resultado foi sustentado pelo crescimento dos serviços (0,6%) e da indústria (0,5%), que compensaram a queda da agropecuária (-0,1%). Pelo lado da demanda, o consumo das famílias subiu 0,5%, enquanto o consumo do governo recuou 0,6% e os investimentos caíram 2,2%. As exportações de bens e serviços cresceram 0,7% e as importações caíram 2,9%.

Produção industrial brasileira recua 0,2% em julho. De acordo com os dados publicados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (03), a produção industrial do Brasil caiu 0,2% em julho de 2025 em relação ao mês anterior, em linha com a expectativa do mercado. Foi o quarto mês seguido sem crescimento, acumulando perda de 1,5% desde abril. Na comparação com julho de 2024, houve leve alta de 0,2%. Já no acumulado de 2025 a indústria avançou 1,1% e em 12 meses cresceu 1,9%. O setor segue 15,3% abaixo do nível recorde de maio de 2011, embora ainda esteja 1,7% acima do patamar pré-pandemia. O desempenho negativo foi puxado por 13 das 25 atividades pesquisadas, com destaque para bebidas (-2,2%), metalurgia (-2,3%) e outros equipamentos de transporte (-5,3%). Entre os setores em alta, sobressaíram farmoquímicos e farmacêuticos (+7,9%), produtos alimentícios (+1,1%) e indústrias extrativas (+0,8%).

PMI industrial dos EUA sobe para 53,0 em agosto. Conforme pesquisa final da S&P Global divulgada nesta terça-feira (02), o índice de gerentes de compras (PMI) industrial dos Estados Unidos avançou de 49,8 em julho para 53,0 em agosto, superando a marca de 50 e indicando expansão da atividade após meses em retração. Apesar de ter ficado levemente abaixo da leitura preliminar (53,3), o resultado representou o maior número para o indicador desde maio de 2022. O desempenho foi sustentado pela alta dos novos pedidos e pelo aumento na formação de estoques. Segundo a S&P Global, os estoques de bens acabados cresceram no maior ritmo em mais de um ano, refletindo preocupações com custos e restrições de oferta. As tarifas impostas pelos EUA tiveram impacto relevante, elevando fortemente os preços de insumos e pressionando os preços de venda no setor manufatureiro.

Índice de preços ao produtor recua 0,3% em julho. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou nesta sexta-feira (05) que o Índice de Preços ao Produtor (IPP) caiu 0,3% em julho, após retração de 1,27% em junho, marcando a sexta taxa negativa consecutiva. Com o resultado, o IPP tem queda acumulada de 3,42% em 2025. Já no acumulado em 12 meses até julho, o índice demonstra alta de 1,36%. O resultado foi influenciado principalmente pelo setor de alimentos (-1,33%), que respondeu por -0,33 ponto percentual no índice do mês, seguido por metalurgia (-1,65%) e produtos de metal (-1,54%). Entre os destaques positivos estiveram indústrias extrativas (+2,42%) e perfumaria, sabões e limpeza (+1,41%). Segundo o IBGE, a queda em alimentos foi explicada pelo recuo dos preços do açúcar (-4,31%), em linha com a maior oferta global, e pelo recuo de 6,20% do café devido ao início da nova safra no Brasil. Adicionalmente, todos esses produtos têm as suas quedas intensificadas pela retração do dólar em julho.

OUTRO NO MUNDO
Estados Unidos criam 22 mil vagas de emprego em agosto. Conforme dados publicados pelo Departamento do Trabalho do país nesta sexta-feira (05), os Estados Unidos criaram apenas 22 mil vagas de emprego em agosto, número muito abaixo da expectativa de 75 mil e do resultado revisado de julho, que apontou a abertura de 79 mil postos de trabalho. Em agosto, a taxa de desemprego subiu para 4,3%, após registrar 4,2% no mês anterior. O dado confirma o enfraquecimento do mercado de trabalho, marcado pelo ritmo mais lento de contratações e pelo aumento do número de desempregados em relação às vagas disponíveis, cenário observado pela primeira vez desde a pandemia. Os números reforçam a aposta de que o Federal Reserve poderá realizar um corte de juros na reunião de 16 e 17 de setembro, mesmo com a inflação ainda acima da meta.

Desemprego na zona do euro recua a 6,2% em julho. Segundo dados divulgados pelo Eurostat nesta segunda-feira (01), a taxa de desemprego da zona do euro caiu de 6,3% em junho para 6,2% em julho, em linha com a expectativa do mercado. Com o resultado, o desemprego atingiu o menor nível da série histórica, iniciada em 1998, um resultado que também foi observado em novembro de 2024. Conforme o departamento, o total de desempregados passou de aproximadamente 11 milhões em junho para 10,8 milhões em julho, uma redução de cerca de 170 mil pessoas. Entre os jovens de até 25 anos, a taxa também recuou, passando de 14,3% para 13,9%. Entre as maiores economias, Alemanha (3,7%) e Holanda (3,8%) registraram as menores taxas, seguidas por Itália (6,0%), França (7,6%) e Espanha (10,4%).

Kim Jong-un declara apoio à Rússia e apresenta filha como sucessora. No desfile militar realizado em Pequim nesta quarta-feira (03), Kim Jong-un afirmou que a Coreia do Norte apoiará totalmente o exército russo, em encontro com Vladimir Putin e Xi Jinping. Foi a primeira vez que os três líderes participaram juntos de um evento, gesto interpretado como fortalecimento do eixo Moscou–Pequim–Pyongyang em meio às tensões com Estados Unidos e Otan. A cerimônia também marcou a primeira aparição internacional de Kim Ju-ae, filha de 12 anos de Kim Jong-un, que acompanhou o pai durante toda a viagem. Sua presença reforçou a mensagem de que o regime já projeta a próxima geração da dinastia norte-coreana.

Putin afirma que parceria com a China vive seu auge histórico. Rússia e China deram novo sinal de aproximação política e econômica, em meio às tensões com os Estados Unidos e a Europa. Em visita a Pequim concluída nesta quarta-feira (03), o presidente russo, Vladimir Putin, e o líder chinês, Xi Jinping, reforçaram a cooperação estratégica entre os dois países, destacando a solidez da relação declarada logo no início da guerra da Ucrânia, em fevereiro de 2022. Na época, os chineses foram um dos poucos parceiros de peso a manter e ampliar o comércio com a Rússia, isolada por sanções ocidentais. Xi Jinping afirmou que a parceria bilateral se tornou um exemplo de estabilidade entre grandes potências, capaz de resistir às mudanças no cenário internacional. Putin chamou Xi de “amigo querido” e declarou que a cooperação atingiu o nível mais alto da história. Os dois governos assinaram mais de 20 acordos de cooperação econômica e científica. Entre as medidas foi anunciado o fim da exigência de visto para cidadãos russos que viajem ao país. A agenda foi encerrada com a participação de Putin no desfile que celebrou os 80 anos da vitória dos Aliados na Segunda Guerra Mundial, na Praça da Paz Celestial. O evento reuniu diversos líderes internacionais, entre eles o norte-coreano Kim Jong-un. Em paralelo, o presidente americano, Donald Trump, declarou não ver risco imediato no que chamou de “eixo contra os Estados Unidos”, mas disse estar frustrado com a postura de Putin diante da falta de avanços nas negociações sobre a guerra na Ucrânia.

Compartilhar

Confira outros artigos

PRINCIPAIS DESTAQUESPIB do Brasil cresce 0,4% no 2º trimestre;Produção industrial brasileira recua 0,2% em julho;Balança comercial registra superávit de US$

PRINCIPAIS DESTAQUESIPCA-15 registra deflação de 0,14% em agosto;Dívida pública sobe para 77,6% do PIB em julho;Confiança do consumidor recua em

Conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (26), o Índice Nacional de Preços ao