UM OLHO NO BRASIL
PIB brasileiro avança no terceiro trimestre. De acordo com informações divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil registrou um crescimento de 0,1% no terceiro trimestre de 2023 em relação ao trimestre anterior. Em comparação com o mesmo período de 2022, observou-se um aumento de 2,0%. Estes dados superaram as expectativas previamente estabelecidas pelo consenso de analistas, coletado pela Refinitiv, que aguardavam uma queda de 0,2% na comparação trimestral e um aumento de 1,9% na base anual. Dois dos três grandes setores econômicos apresentaram avanço no trimestre, com a Indústria registrando um crescimento de 0,6%, assim como o setor de Serviços.
Setor público apresenta superávit em outubro. No mês de outubro, o setor público consolidado apresentou um superávit primário de R$ 14,8 bilhões, situando-se abaixo do superávit de R$ 27,1 bilhões observado no mesmo período do ano anterior. Nesse contexto, o Governo Central contribuiu positivamente para o resultado mensal, registrando um superávit de R$ 19,5 bilhões, enquanto os governos regionais e as empresas estatais registraram déficits de R$ 3,9 bilhões e R$ 805 milhões, respectivamente. Ao considerar o acumulado dos últimos doze meses encerrados em outubro, o setor público consolidado apresentou um déficit de R$ 114,2 bilhões, correspondente a 1,08% do Produto Interno Bruto (PIB). Esse valor representa um acréscimo de 0,11 pontos percentuais em relação ao déficit acumulado até setembro.
Índice de commodities do BC tem queda em novembro. O Índice de Commodities do Banco Central (IC-Br) registrou uma queda de 0,58% no trimestre encerrado em novembro, sendo influenciado pelo comportamento negativo dos preços das commodities de energia, que apresentaram uma redução de 10,17%. Na comparação com o mês anterior, o índice registrou uma retração de 5,09%. Considerando o desempenho ao longo do ano, o IC-Br acumula uma queda de 8,64%, enquanto em um horizonte de 12 meses, a redução é de 10,64%.
Brasil atinge 28ª colocação em ranking de crescimento. Com a elevação de 0,1% no Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre, o Brasil avançou para a 28ª posição no ranking de crescimento elaborado pelo economista chefe da Austin Rating, Alex Agostini. Esse levantamento abrange o desempenho econômico de 51 nações distribuídas em diferentes continentes. É relevante notar que, mesmo com o progresso registrado, o Brasil ficou aquém da média de expansão de 0,2% observada nos 51 países do ranking. No segundo trimestre, o desempenho do PIB posicionava o Brasil na 38ª posição em uma lista de 48 países. A liderança no crescimento econômico no terceiro trimestre foi alcançada pela Indonésia, que apresentou uma expansão de 3,3%.
Desenrola atinge R$ 29 bilhões em renegociações de dívidas. Conforme informações divulgadas pelo Ministério da Fazenda, até a data de quarta-feira (6), o programa governamental Desenrola já efetuou a renegociação de R$ 29 bilhões em dívidas, contemplando 10,7 milhões de brasileiros. A segunda fase do programa, a ser implementada, abrangerá negociações de dívidas que foram negativadas no período entre 2019 e 2022. Estão incluídas nesta fase as dívidas cujo valor atualizado seja inferior a R$ 20 mil, englobando tanto compromissos bancários, como cartão de crédito, quanto contas atrasadas de outros setores, como energia, água e comércio varejista.
Petrobras reduz preço do diesel para distribuidoras. A partir desta sexta-feira (8), a Petrobras implementará uma redução de R$ 0,27 no preço médio do litro do diesel A para as distribuidoras, estabelecendo um novo valor de R$ 3,78 por litro. Com essa alteração, o preço médio do diesel A S10 nas bombas pode atingir R$ 5,92 por litro, considerando levantamento de preços da Agência Nacional do Petróleo (ANP). No que diz respeito à gasolina, a Petrobras informou que manterá os preços de venda às distribuidoras estáveis. A Petrobras justificou que os reajustes nos preços resultam da análise dos fundamentos dos mercados externo e interno, em consonância com a estratégia comercial da empresa.
OUTRO NO MUNDO
Déficit comercial nos EUA avança em outubro. Conforme informações divulgadas pelo Departamento de Comércio dos Estados Unidos, a balança comercial do país registrou um déficit de US$ 64,3 bilhões no mês de outubro, representando um aumento de 5,1% em relação ao déficit de US$ 61,2 bilhões revisados no mês de setembro. As exportações de bens e serviços dos Estados Unidos totalizaram US$ 258,8 bilhões em outubro, enquanto as importações apresentaram um incremento de 0,2%, alcançando o montante de US$ 323,0 bilhões. No acumulado do ano, observou-se uma redução expressiva no déficit de bens e serviços, totalizando uma diminuição de US$ 161,4 bilhões (-19,8%) em relação ao mesmo período de 2022. Nesse contexto, as exportações apresentaram um crescimento de 1,1% ao longo do ano, enquanto as importações registraram uma queda de 4,0%.
PMI de serviços nos EUA sobe em novembro. Conforme revelado por pesquisa conduzida pela S&P Global, o Índice de Gerentes de Compras (PMI) da atividade de serviços nos Estados Unidos apresentou uma ligeira elevação, passando de 50,6 em outubro para 50,8 em novembro. Simultaneamente, o PMI composto, que engloba os setores de indústria e serviços, manteve-se inalterado em 50,7 no referido mês. De acordo com Chris Williamson, economista chefe de negócios da S&P Global Market Intelligence “embora as empresas do setor dos serviços tenham continuado a registar novos ganhos de produção em novembro, o crescimento permanece consideravelmente mais fraco do que o observado no início do ano e os indicadores prospectivos apontam para um abrandamento do crescimento nos próximos meses”.
PIB da zona do euro tem retração no terceiro trimestre. Conforme a estimativa divulgada pelo Eurostat, o Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro registrou uma contração de 0,1% no terceiro trimestre de 2023 em comparação com o segundo trimestre. Ao analisar a variação em relação ao mesmo período de 2022, observou-se uma estabilidade no PIB da zona do euro após um crescimento de 0,6% no trimestre anterior. No contexto mais abrangente da União Europeia (UE), o PIB permaneceu inalterado (0,0%) no terceiro trimestre, sucedendo um aumento de 0,1% no trimestre precedente. Da mesma forma, na comparação anual, foi registrada estabilidade, após um crescimento de 0,5% no segundo trimestre.
PMI de serviços da zona do euro tem alta em novembro. Demonstrando uma trajetória de recuperação, o PMI de serviços na zona do euro elevou-se de 47,8 em outubro para 48,7 em novembro. Contudo, é importante ressaltar que este valor permanece abaixo da marca de 50 pontos, que delimita a fronteira entre contração e expansão. Com o aporte dos dados relativos aos serviços, o PMI composto da área da moeda comum europeia também registrou uma leitura inferior a 50,0 pelo sexto mês consecutivo em novembro, situando-se em 47,6 em comparação com os 46,5 observados no mês anterior.
PMI de serviços na China apresenta expansão em novembro. Conforme a pesquisa mensal divulgada pela S&P Global em colaboração com o Caixin, o PMI de serviços da China experimentou um avanço, passando de 50,4 em outubro para 51,5 em novembro, atingindo assim o patamar mais elevado dos últimos três meses. Este incremento reflete uma análise positiva da atividade no setor de serviços no país. Com os dados provenientes deste segmento, o PMI composto, que amalgama os indicadores de serviços e indústria, também registrou uma elevação, saindo do nível considerado neutro de 50,0 para 51,6 entre os meses de outubro e novembro. De acordo com a pesquisa, tal resultado indica um aumento renovado na atividade empresarial global em toda a China.
Moody’s altera perspectiva de crédito da China para negativa. Diante da perspectiva de um crescimento econômico mais moderado no médio prazo e diante dos riscos associados a um potencial correção significativa no amplo setor imobiliário, a agência de classificação de risco Moody’s rebaixou, nesta terça-feira (5), a perspectiva do rating da China de estável para negativa. A decisão de rebaixamento reflete a crescente evidência de que as autoridades chinesas possam efetuar apoio financeiro aos governos locais e às empresas estatais, representando, assim, um risco substancial para a solidez fiscal, econômica e institucional da China, conforme destacado no comunicado da Moody’s.
Expectativa para inflação em 12 meses na zona do euro permanece estável em outubro. Conforme apontado pelo levantamento conduzido pelo Banco Central Europeu (BCE), a mediana das expectativas dos consumidores na zona do euro para a inflação nos próximos 12 meses permaneceu inalterada em 4,0% no mês de outubro. No que se refere ao horizonte dos próximos três anos, a mediana também se manteve estável em 2,5%, mantendo-se em consonância com os dados observados em setembro.
Mercosul e Cingapura assinam acordo de livre comércio. Durante a Cúpula do Mercosul, realizada nesta quarta-feira (7), foi formalizada a assinatura do Acordo de Livre Comércio entre o bloco Mercosul e Cingapura. O Ministério das Relações Exteriores (MRE) enfatizou, em nota, que “o Acordo Mercosul-Cingapura abre oportunidades comerciais e de investimentos, ao mesmo tempo em que salvaguarda o espaço para a formulação de políticas de interesse público. Destaca-se que este acordo representa o primeiro instrumento dessa natureza firmado com um parceiro da região da Ásia-Pacífico”. A conclusão das negociações ocorreu durante o período de presidência temporária do Brasil no bloco.
