Overview – 12/07/2024

UM OLHO NO BRASIL

IPCA tem alta de 0,21% em junho. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, nesta quarta-feira (10), que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi de 0,21% em junho, desacelerando após 0,46% em maio. O resultado veio abaixo do esperado pelo consenso LSEG de analistas, que projetava 0,32%. O indicador acumula alta de 2,48% no ano e de 4,23% nos últimos 12 meses. Dos nove grupos pesquisados, sete subiram em junho, com o grupo Alimentação e bebidas respondendo pelo maior impacto no índice geral (0,10 p.p.), ao variar 0,44%. O grupo Saúde e cuidados pessoais demonstrou a maior variação, avançando 0,54% e impactando em 0,07 p.p. o índice geral. Já o grupo Transportes, por sua vez, registrou queda de 0,19%, após subir 0,44% em maio.

Setor de serviços fica estável em maio, segundo IBGE. Conforme dados publicados nesta sexta-feira (12) pelo IBGE, o volume do setor de serviços do Brasil ficou estável (0,0%) em maio ante ao mês de abril, após dois meses de alta. O setor de serviços avançou 0,8% em relação ao mesmo mês de 2023. Os dados vieram melhores que o esperado pelos analistas, que projetavam uma queda de 0,8% na comparação mensal e queda de 0,1% na anual. No acumulado dos cinco primeiros meses do ano, o volume de serviços nacional cresceu 2,0% frente ao mesmo período do ano anterior. Já nos últimos 12 meses, o avanço foi de 1,3%. Das cinco atividades acompanhadas pela pesquisa, três apresentaram queda em maio, com destaque negativo para o setor de transportes, que recuou 1,6%. Em contrapartida, os serviços prestados às famílias (3,0%) e os profissionais, administrativos e complementares (0,5%) registraram alta no mês.

Vendas no varejo surpreendem e sobem 1,2% em maio, o quinto mês de alta. Segundo dados divulgados nesta quinta-feira (11) pelo IBGE, o volume de vendas do comércio varejista do Brasil cresceu 1,2% em maio ante abril, o quinto mês seguido de alta. As vendas no varejo subiram 5,6% no acumulado do ano e 3,4% nos últimos 12 meses. No comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças, material de construção e atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo, o volume de vendas no varejo subiu 0,8% no mês. Ante maio do ano passado, a alta foi de 5,0%, acumulando no ano um avanço de 4,8% ante o mesmo período de 2023 e de 3,7% em 12 meses.

Analistas pioram projeção para o resultado primário de 2024, mostra Fazenda. De acordo com os dados do boletim Prisma Fiscal de junho, divulgado nesta sexta-feira (12), os analistas de mercado ouvidos mensalmente pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda, estimam que o governo finalizará o ano de 2024 com um resultado primário com déficit de R$ 81,424 bilhões em 2024. A estimativa piorou em relação ao documento anterior, que projetava um rombo de R$ 79,715 bilhões. O Prisma deste mês revisou as previsões do mercado para as receitas federais em 2024, com a estimativa passando de R$ 2,603 trilhões para R$ 2,613 trilhões. Para 2025, a projeção para a arrecadação também avançou, passando de R$ 2,734 trilhões para R$ 2,744 trilhões. A projeção para a receita líquida do Governo Central subiu de R$ 2,127 trilhões para R$ 2,132 trilhões para 2024 e de R$ 2,229 trilhões para R$ 2,235 trilhões em 2025. Pelo lado do gasto, a projeção de despesas totais do Governo Central este ano cresceu, passando de R$ 2,207 trilhões para R$ 2,209 trilhões. Para 2025, a estimativa também avançou, de R$ 2,321 trilhões para R$ 2,333 trilhões. No que se refere à Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) houve piora, passando de 77,33% para 77,46% do PIB em 2024 e de 80,15% para 80,10% em 2025, na mesma comparação.

Câmara dos Deputados aprova a reforma tributária. A regulamentação da Reforma Tributária foi aprovada nesta quarta-feira (10) pela Câmara dos Deputados. Agora, o texto segue para a análise do Senado Federal. A expectativa é de que todo o processo seja concluído ainda este ano. Contudo, a nova legislação entrará em vigor em etapas, entre 2025 e 2033. Conforme o texto, serão extintos cinco impostos, PIS, Cofins, ICMS, IPI e ISS, com a criação de três novos: Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e Imposto Seletivo (IS). Na proposta aprovada, a tributação sobre alimentos deve cair de 11,6% para 4,8%, conforme cálculo do governo. A proposta considera que a cesta básica terá alíquota zero, e a cesta estendida terá alíquota reduzida. Além disto, após debates, no texto aprovado foi incluída a isenção para as carnes. Conforme o texto, haverá ainda, no caso dos mais pobres, um sistema de cashback, uma devolução de imposto para famílias de baixa renda inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), com renda familiar mensal per capita de até meio salário-mínimo. Medicamentos ficam isentos ou terão alíquota reduzida. No que se refere ao Imposto Seletivo (IS), haverá taxação para jogos de azar, carros, embarcações e aeronaves, cigarros, bebidas açucaradas, bebidas alcoólicas e minerais extraídos. Em contrapartida, no texto aprovado, armas e munições não foram incluídas no Imposto Seletivo.

Petrobras anuncia aumento de preço da gasolina e do gás de cozinha. Conforme o comunicado publicado pela estatal nesta segunda-feira (08), a gasolina e o gás de cozinha sofreram aumentos em seus preços. O litro da gasolina terá um acréscimo de R$ 0,20, resultando em um novo preço de R$ 3,01. Para o gás de cozinha, mais especificamente o botijão de 13kg, o aumento será de R$ 3,10, elevando o preço para R$ 34,70. O diesel, por sua vez, não sofreu reajuste. Esses reajustes representam uma alta de 7,11% para a gasolina e de 9,6% para o gás de cozinha. O último reajuste de preços para a gasolina ocorreu em outubro de 2023, quando houve uma redução de R$ 0,12, para R$ 2,81 por litro na ocasião. Já os preços do gás de cozinha não eram alterados desde julho de 2023, quando passaram a custar R$ 31,66.

OUTRO NO MUNDO

Inflação ao consumidor dos EUA cai 0,1% em junho. De acordo com dados com ajuste sazonal divulgados nesta quinta-feira (11) pelo Departamento do Trabalho, o índice de preços ao consumidor (IPC) dos Estados Unidos caiu 0,1% em junho após ter ficado estável em maio. Em 12 meses, o IPC desacelerou de 3,3% em maio para 3,0% em junho. Os dados vieram abaixo do esperado e surpreenderam os analistas, que previam uma alta de 0,1% na leitura mensal e de 3,1% no comparativo anual. No que se refere ao núcleo do índice, que exclui preços de alimentos e energia, houve um avanço de 0,1% na comparação mensal, também abaixo do consenso do mercado, de 0,2%. Na comparação anual, o núcleo do CPI desacelerou ao registrar 3,3%, após 3,4% em maio.

Produção industrial do Reino Unido avança 0,2% em maio ante abril. Segundo dados publicados nesta quinta-feira (11) pelo ONS, o órgão de estatísticas do país, a produção industrial do Reino Unido avançou 0,2% em maio ante ao mês de abril, confirmando a projeção dos analistas. Na leitura anual, a produção industrial do país avançou 0,4% em maio, surpreendendo as estimativas. Em relação à produção manufatureira do Reino Unido, foi registrada alta de 0,4% na comparação mensal e de 0,6% na comparação anual.

Exportações da Alemanha caem mais do que o previsto em maio. Os dados do Destatis, escritório federal de estatísticas, publicados nesta segunda-feira (8), mostraram que as exportações da Alemanha caíram mais do que o esperado em maio. Esse resultado ocorreu em virtude da demanda mais fraca da China, dos Estados Unidos e de países europeus. Em maio, as exportações caíram 3,6% em comparação com o mês anterior, queda mais intensa que a prevista pelos analistas, que esperavam -1,9% no período. Ainda assim, a balança de comércio exterior apresentou um superávit de 24,9 bilhões de euros em maio, após 22,2 bilhões de euros no mês anterior e 16,8 bilhões de euros em maio de 2023.

Preços ao consumidor na China mostram recuo e deflação nas fábricas perde força. O IPC da China recuou 0,2% em junho na comparação mensal, mas subiu 0,2% na base anual, conforme dados divulgados nesta quarta-feira (10) pelo NBS, o escritório nacional de estatísticas do país. Os analistas esperavam uma deflação menor na leitura mensal, de -0,1%, e uma alta mais intensa na comparação anual, de 0,4%. No que se refere ao índice de preços ao produtor (IPP) houve perda de força da deflação, haja vista que o indicador recuou apenas 0,8% em junho, após cair 1,4% em maio e 2,5% em abril, vindo em linha com as expectativas do mercado.

Com destaque para o Brasil, balança comercial da China melhora em junho. O NBS informou nesta sexta-feira (12) que as exportações do país alcançaram US$ 307,8 bilhões, crescendo 8,6% em relação ao mesmo mês de 2023. Conforme os dados, em junho, o comércio com o Brasil foi um destaque positivo, com alta de 24,4% nas exportações e de 8,3% nas importações. Vale destacar que as vendas para a América Latina avançaram 11,3% na mesma comparação, impulsionadas pelo aumento de veículos elétricos, que respondeu por mais de um terço das exportações para a região. Com o avanço das exportações e as importações mais fracas, a China registrou um superávit comercial de US$ 99,1 bilhões em junho, totalizado US$ 434,9 bilhões no primeiro semestre do ano.

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