Overview – 13.06.25

PRINCIPAIS DESTAQUES
IPCA sobe 0,26% em maio;
Vendas no varejo do Brasil recuam 0,4% em abril;
Haddad confirma alíquota de 17,5% sobre aplicações financeiras;
Inflação dos EUA sobe a taxa anualizada de 2,4% em maio;
Produção industrial da zona do euro cai 2,4% em abril ante março;
Balança comercial da China cresce em maio, mas exportações ficam abaixo do esperado.

UM OLHO NO BRASIL
IPCA sobe 0,26% em maio. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta terça-feira (10) que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,26% em maio, desacelerando após 0,43% registrado em abril. Com o resultado, o indicador acumula alta de 2,75% no ano e de 5,32% nos últimos 12 meses. O IPCA de maio veio abaixo da projeção dos analistas, que estimavam alta de 0,33% na variação mensal e de 5,40% na base anual. Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IPCA, sete registraram alta em seus preços. Habitação apresentou a maior variação e o maior impacto (1,19% e 0,18 p.p.), impulsionado pela alta de 3,62% da energia elétrica residencial, representando o subitem com maior impacto no índice (0,14 p.p.). O grupo Transportes, por sua vez, contribuiu para a desaceleração do IPCA ao recuar 0,37%, impactando o índice em -0,08 p.p. O resultado foi influenciado, principalmente, pela queda de 11,31% nas passagens aéreas e de 0,72% e nos combustíveis.

Vendas no varejo do Brasil recuam 0,4% em abril. O IBGE divulgou, nesta quinta-feira (12), que as vendas no varejo brasileiro recuaram 0,4% em abril, uma queda menor do que a esperada, porém interrompendo uma sequência de três meses de ganho em meio à desaceleração econômica no país diante de condições monetárias restritivas. Já em relação ao mesmo mês do ano anterior, as vendas varejistas avançaram 4,8%. Entre as oito atividades pesquisadas pelo IBGE, houve recuo nas vendas de combustíveis e lubrificantes (-1,7%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-1,3%), hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,8%) e móveis e eletrodomésticos (-0,3%). Em contrapartida, foram registrados aumentos nas vendas de livros, jornais, revistas e papelaria (1,6%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (1,0%), tecidos, vestuário e calçados (0,6%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (0,2%).

Haddad confirma alíquota de 17,5% sobre aplicações financeiras. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou nesta terça-feira (10) a proposta de uma alíquota unificada de 17,5% de Imposto de Renda sobre rendimentos de aplicações financeiras. Além disso, afirmou que também será proposto o aumento da tributação de Juros sobre Capital Próprio (JCP) de 15% para 20%. “Não mexe com o dia a dia da população, eu considerei as medidas muito mais estruturais e justas do ponto de vista tributário. É uma agenda que interessa à Fazenda, fazer justiça tributária”, disse o ministro em entrevista. Em relação à taxação mais alta da distribuição de JCP por empresas a acionistas, Haddad afirmou que a medida estava fora das discussões iniciais, mas foi incluída por sugestão de parlamentares. Para Haddad, a aprovação das medidas a serem propostas tende a favorecer a queda do dólar e dos juros, além de garantir o cumprimento das metas fiscais de 2025 e 2026.

Volume de serviços sobe 0,2% em abril, em linha com o esperado. Segundo dados publicados pelo IBGE nesta sexta-feira (13), o volume de serviços subiu 0,2% em abril ante o mês anterior, na série com ajuste sazonal, em linha com o esperado. O IBGE também revisou o dado de março, de 0,3% para 0,4%. Em relação ao mesmo mês de 2024, o volume de serviços prestados subiu 1,8%, já descontado o efeito da inflação, também conforme as estimativas. No acumulado do ano e em 12 meses a elevação foi de 2,2% e 2,7%, respectivamente.

Brasil tem fluxo cambial negativo de US$ 9,727 bilhões em 2025, até 6 de junho. Segundo dados preliminares publicados nesta quarta-feira (11) pelo Banco Central, o Brasil registrou fluxo cambial negativo de US$ 9,727 bilhões em 2025, até o dia 6 de junho. O movimento foi puxado pela via financeira, que acumulou saída líquida de US$ 32,089 bilhões. Pelo canal comercial, houve entrada líquida de US$ 22,362 bilhões. Na primeira semana de junho, compreendida entre os dias 02 e 06, o fluxo cambial do Brasil foi positivo em US$ 437 milhões. No período, o canal financeiro teve entrada líquida de US$ 69 milhões. Já o canal comercial, de US$ 368 milhões.

OUTRO NO MUNDO
Trump diz que pode aumentar tarifas sobre automóveis em breve. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quinta-feira (12) que pode em breve aumentar as tarifas sobre automóveis, argumentando que isso poderia levar as montadoras a acelerarem os investimentos no país. Defendendo a medida, Trump citou uma série de anúncios recentes de investimentos, citando os que foram anunciados pelas montadoras General Motors e Hyundai, que incluem investimentos nos Estados Unidos. “Eles não teriam investido 10 centavos se não tivéssemos tarifas, inclusive para a fabricação de aço americano, que está indo muito bem”, disse Trump. As montadoras vêm pressionando a Casa Branca a reduzir a tarifa de 25% sobre automóveis imposta por Trump em março. Elas têm enfrentado crescentes pressões de custos decorrentes das cobranças, com empresas como Ford Motor e Subaru of America aumentando os preços de alguns modelos devido aos custos mais altos das tarifas. Em abril, Trump assinou uma ordem suavizando os efeitos da própria política, oferecendo um pacote de créditos e isenções de outras taxas sobre materiais e peças. Com a ordem, concordou em conceder créditos equivalentes a até 15% do valor dos veículos montados em território americano a fim de compensar os custos das peças importadas, dando tempo para a reestruturação das cadeias de suprimento dentro do país.

Inflação dos EUA sobe a taxa anualizada de 2,4% em maio. Conforme dados divulgados pelo Departamento do Trabalho nesta quarta-feira (11), o índice de preços ao consumidor dos Estados Unidos subiu 0,10% em maio, desacelerando após 0,20% em abril e abaixo da projeção de mesma variação. Em 12 meses, a inflação norte-americana acumula alta de 2,4%, também abaixo da estimativa, de avanço a 2,5%. Já o núcleo do indicador, que exclui itens voláteis como alimentos e energia, variou 0,10% em maio, chegando a 2,8% em um ano.

Produção industrial da zona do euro cai 2,4% em abril ante março. Segundo dados divulgados pela Eurostat nesta sexta-feira (13), a produção industrial na zona do euro caiu 2,4% em abril em relação a março. O resultado ficou abaixo da expectativa dos analistas, que previam queda de 1,8% no período. Na comparação anual, a produção do bloco aumentou 0,8% em abril. Vale destacar que a Eurostat também revisou os dados de produção industrial de março, para avanço mensal de 2,4% e acréscimo anual de 3,7%.

Vice-presidente do BCE alerta que tarifas podem prejudicar crescimento da zona do euro. O vice-presidente do Banco Central Europeu, Luis de Guindos, afirmou nesta quinta-feira (12) que a economia da zona do euro mostra resiliência, mas enfrenta riscos de crescimento devido às tarifas. “Embora seja impossível prever exatamente o que acontecerá, esses desenvolvimentos podem ter um impacto negativo no crescimento da zona do euro”, disse de Guindos durante um evento. O vice-presidente do BCE ressaltou ainda a importância de monitorar os desenvolvimentos da economia a fim de se antecipar em relação às tendências de inflação. “Portanto, é importante para nós acompanharmos de perto o que está acontecendo na economia real, em parte como um indicador antecipado para as perspectivas de inflação”, acrescentou.

Superávit comercial da zona do euro desacelera em abril. Conforme dados com ajustes sazonais publicados pela Eurostat nesta sexta-feira (13), a zona do euro apresentou superávit comercial de 14 bilhões de euros em abril, muito abaixo da variação de 28,8 bilhões de euros registrada em março. O resultado de abril, considerando-se ajustes sazonais, foi influenciado pela queda de 8,2% das exportações em meio a tarifas impostas pelo governo Trump, enquanto as importações recuaram 3%.

Balança comercial da China cresce em maio, mas exportações ficam abaixo do esperado. De acordo com dados publicados pelo governo do país nesta segunda-feira (09), a balança comercial da China registrou superávit de US$ 103,22 bilhões em maio. O resultado ficou acima do superávit de US$ 96,18 bilhões observados em abril e da expectativa de superávit de US$ 101,10 bilhões. Em maio, as exportações cresceram 4,8% em relação ao ano anterior, desacelerando em relação ao aumento de 8,1% de abril e abaixo das expectativas de um aumento de 5%. Vale destacar que os embarques para os EUA melhoraram após uma desescalada nas tarifas comerciais no início do mês. As importações chinesas caíram 3,4% em relação ao ano anterior, aprofundando seu declínio em relação à queda de 0,2% do mês anterior. O recuo mais intenso das importações refletiu a fraca demanda interna em meio ao aumento da incerteza econômica e gastos de consumo lentos.

Banco Mundial afirma que desbloquear o consumo é fundamental para sustentar o crescimento da China. De acordo com um relatório do Banco Mundial, publicado nesta sexta-feira (13), elevar o potencial de consumo ajudará a sustentar o crescimento econômico na China. Conforme o relatório, o apoio político impulsionou o consumo na China e estimulou um aumento nas vendas de imóveis nas principais cidades, com a economia mantendo o ritmo de crescimento no início de 2025. Segundo Mara Warwick, diretora da divisão do Banco Mundial para China, Mongólia e Coreia, “o consumo das famílias será fundamental para sustentar o crescimento em meio aos desafios econômicos externos e internos”. O relatório ressalta ainda que o investimento em infraestrutura e manufatura da China respondeu fortemente ao aumento no apoio político aos setores prioritários.

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