Overview – 14.03.25

PRINCIPAIS DESTAQUES

Inflação dos EUA desacelera em fevereiro e vai a 2,8% em 12 meses;

Produção industrial da zona do euro sobe 0,8% em janeiro;

Novos empréstimos na China sofrem drástica queda em fevereiro.

IPCA sobe 1,31% em fevereiro;

Vendas no varejo recuam 0,1% em janeiro;

Dívida bruta do Brasil reduz a 75,3% do PIB em janeiro.

UM OLHO NO BRASIL

IPCA sobe 1,31% em fevereiro. Conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (12), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 1,31% em fevereiro, acelerando intensamente após 0,16% em janeiro, representando a maior taxa para o mês desde 2003, quando variou 1,57%. Com o resultado, o indicador acumula alta de 1,47% no ano e de 5,06% nos últimos 12 meses. O IPCA de fevereiro veio acima do esperado pelos analistas, que projetavam variação mensal de 1,30% e de 5,00% em 12 meses. No mês, todos os nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IPCA registraram alta em seus preços, com destaque para os grupos Educação (4,70%), Habitação (4,44%), Alimentação e bebidas (0,70%) e Transportes (0,61%), que juntos responderam por 92% do IPCA de fevereiro.

Vendas no varejo recuam 0,1% em janeiro. Segundo dados publicados pelo IBGE nesta sexta-feira (14), o volume de vendas do comércio varejista caiu 0,1% em janeiro, ante recuo de 0,3% registrado em dezembro. Em relação a janeiro de 2024, o volume de vendas do varejo cresceu 3,1%, a vigésima taxa positiva nesta comparação. Já no acumulado dos últimos 12 meses, a alta foi de 4,7%. Em janeiro, na comparação mensal, quatro das oito atividades pesquisadas tiveram variações positivas: Equipamentos e material para escritório informática e comunicação (5,3%); Combustíveis e lubrificantes (1,2%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (0,7%); e Livros, jornais, revistas e papelaria (0,6%). No que se refere ao comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças e material de construção, o volume de vendas cresceu 2,3% na passagem de dezembro para janeiro. Em comparação com o mesmo mês de 2024, a alta foi de 2,2%.

Produção industrial fica estável em janeiro. O IBGE divulgou nesta terça-feira (11) que a produção industrial ficou estável em janeiro, após queda de 0,3% em dezembro, na série com ajuste sazonal. O resultado ficou abaixo das previsões de analistas, que apontavam aumento de 0,4%. Em relação a janeiro de 2024, a produção industrial subiu 1,4%, também abaixo da projeção de alta a 2,2% no período. Segundo o IBGE, a produção subiu 2,9% no acumulado em 12 meses. Na passagem de dezembro para janeiro, três das quatro grandes categorias econômicas e 18 dos 25 ramos pesquisados mostraram avanço na produção. Os destaques positivos ficaram com máquinas e equipamentos (6,9%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (3,0%).

Dívida bruta do Brasil reduz a 75,3% do PIB em janeiro. De acordo com dados divulgados nesta sexta-feira (14) pelo Banco Central, a dívida pública bruta do país como proporção do PIB fechou janeiro em 75,3%, o menor patamar desde abril de 2024. O resultado ficou abaixo dos 76,1% do mês anterior e da expectativa dos analistas, de 76,2%. A queda inesperada de janeiro ocorreu quando o setor público consolidado brasileiro teve superávit primário recorde e a valorização do real reduziu a despesa com juros. A dívida líquida, por sua vez, foi a 60,8% em janeiro, ante 61,2% em dezembro e projeção de 61,3%. Os dados mais positivos do endividamento tiveram ajuda do superávit primário de R$104,096 bilhões registrado em janeiro. Além do resultado primário, a apreciação cambial observada no período contribuiu significativamente para a melhora na dívida bruta, uma vez que o BC registrou ganho de R$36 bilhões no mês, gerado pela valorização do real nas operações de swap. Ademais, o crescimento do PIB nominal também gerou um efeito positivo para o resultado da dívida bruta sobre o PIB.

Governo Lula se manifesta após aço e alumínio serem taxados por Trump. Em nota conjunta, o Ministério das Relações Exteriores (MRE) e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) lamentaram a imposição da tarifa de 25% sobre as importações de aço e alumínio do Brasil imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A medida, que entrou em vigor nesta quarta-feira (12), afeta diretamente a indústria brasileira, que abastece o mercado norte-americano. O governo alega que a decisão, tomada de forma unilateral, é “injustificável e equivocada”. No documento, os órgãos destacam os números da balança comercial e o histórico de cooperação entre os países. “No caso do aço, as indústrias do Brasil e dos Estados Unidos mantêm, há décadas, relação de complementaridade mutuamente benéfica. O Brasil é o terceiro maior importador de carvão siderúrgico dos EUA (US$ 1,2 bilhão) e o maior exportador de aço semiacabado para aquele país (US$ 2,2 bilhões, 60% do total das importações dos EUA), insumo essencial para a própria indústria siderúrgica norte-americana”, ressalta. Ainda de acordo com o comunicado, “À luz do impacto efetivo das medidas sobre as exportações brasileiras, o governo do Brasil buscará, em coordenação com o setor privado, defender os interesses dos produtores nacionais junto ao governo dos Estados Unidos”.

OUTRO NO MUNDO

Inflação dos EUA desacelera em fevereiro e vai a 2,8% em 12 meses. Conforme dados publicados nesta quarta-feira (12) pelo Departamento do Trabalho do país, o índice de preços ao consumidor nos Estados Unidos subiu 0,2% em fevereiro, desacelerando após 0,5% em janeiro. Em 12 meses, a inflação norte-americana acumula alta de 2,8% após 3,0% no mês anterior. A leitura de fevereiro veio abaixo das estimativas do mercado, que esperava uma alta mensal de 0,3% e anual de 2,9%. O núcleo do indicador, que exclui itens voláteis como alimentos e energia, avançou 0,2% em fevereiro e foi a 3,1% em 12 meses. Neste caso, as expectativas eram de 0,3% e 3,2%, respectivamente.

Oferta de empregos nos EUA subiu para 7,7 milhões em janeiro. Segundo dados do relatório Jolts, divulgado nesta terça-feira (11) pelo Departamento do Trabalho dos Estados Unidos, o número de vagas de trabalho disponíveis no país subiu para 7,7 milhões em janeiro, acima do número revisado de 7,5 milhões em dezembro e da previsão de 7,66 milhões. Em janeiro, o volume de contratações ficou estável em 5,4 milhões. Já as demissões subiram para 3,3 milhões, diante do dado revisado de 3,1 milhões em dezembro. Conforme o relatório ADP, a criação de postos de trabalho no setor privado também desacelerou. Foram criados apenas 77 mil novos empregos em fevereiro, volume bem abaixo dos 186 mil revisados para cima de janeiro e da estimativa do mercado de 148 mil para o período.

Membro do BCE afirma que UE possui recursos para retaliar tarifas de Trump em produtos alcoólicos. O dirigente do Banco Central Europeu (BCE) e presidente do BC da França, François Villeroy de Galhau, afirmou em entrevista para a rádio France Inter, nesta sexta-feira (14), que a União Europeia (UE) possui recursos para retaliar as tarifas ameaçadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre produtos alcoólicos europeus. “A visão de Trump sobre a economia é uma visão perdedora”, ressaltou o dirigente, ao destacar que as medidas serão negativas, especialmente para a economia norte-americana. O dirigente afirmou ainda que “A UE tem meios de retaliação, mas devemos esperar que a escalada comercial pare. Não devemos responder à brutalidade com passividade”.

Produção industrial da zona do euro sobe 0,8% em janeiro. Segundo dados divulgados pela agência de estatísticas Eurostat nesta quinta-feira (12), a produção industrial dos países que compõem a zona do euro subiu 0,8% em janeiro após cair 0,4% em dezembro. O resultado veio acima da projeção dos analistas, que previam avanço de 0,7%. Na comparação anual, a produção industrial da zona do euro ficou estável em janeiro, acima da projeção de queda de 0,7%.

Novos empréstimos na China sofrem drástica queda em fevereiro. Segundo dados publicados nesta sexta-feira (14) pelo banco central chinês, os bancos da China reduziram drasticamente a concessão de empréstimos em fevereiro, após o recorde do mês anterior. No mês, os bancos chineses liberaram 1,01 trilhão de yuans (US$ 139,7 bilhões) em novos empréstimos, abaixo do valor recorde de 5,13 trilhões de yuans registrado em janeiro e abaixo das estimativas dos analistas, que previam 1,23 trilhão de yuans em empréstimos. A base monetária da China, por sua vez, teve acréscimo anual de 7% em fevereiro, repetindo a variação de janeiro e em linha com o consenso do mercado.

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