Overview – 19/07/2024

UM OLHO NO BRASIL

IBC-Br sobe 0,25% em maio. De acordo com os dados publicados nesta segunda-feira (15), o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) registrou alta de 0,25% em maio, ficando abaixo das expectativas dos analistas, que esperavam alta de 0,30%. O Banco Central também revisou os dados referentes ao mês de abril, que passou de uma variação de apenas 0,01% (estabilidade) para um avanço de 0,26% no período. Com o resultado, o indicador, que é considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), acumula alta de 2,01% no ano e de 1,66% em 12 meses. Em relação ao mesmo mês de 2023, o crescimento foi de 1,30%.

IGP-10 desacelera para 0,45% em julho. A Fundação Getúlio Vargas (FGV) informou nesta quarta-feira (17) que o Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) subiu 0,45% em julho, desacelerando após 0,83% em junho. Com o resultado, o índice acumula alta de 1,63% no ano e de 3,38% em 12 meses. Em julho de 2023, o índice havia caído 1,10% no mês e acumulava retração de 7,89% em 12 meses. Em julho, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) teve uma alta de 0,49%, inferior à taxa registrada no mês anterior (0,88%); o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) passou de 0,54% em junho para 0,24% em julho e o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), por sua vez, registrou variação de 0,54%, mostrando uma desaceleração em relação à taxa de 1,06% do mês anterior.Haddad anuncia congelamento de R$ 15 bilhões no orçamento para cumprir arcabouço. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou, nesta quinta-feira (18), que o Governo Federal fará uma contenção de R$ 15 bilhões no orçamento deste ano com o objetivo de cumprir as exigências do arcabouço fiscal. Segundo Haddad, dos R$ 15 bilhões indicados, a maior parte (R$ 11,2 bilhões) será objeto de bloqueio, para respeitar a regra de limite de despesas públicas para 2024. “Tomamos a decisão de já incorporar uma eventual perda [com as desonerações], em função desse adiamento [da votação da matéria para depois do recesso parlamentar], para contemplar o arcabouço fiscal dentro da banda prevista na LDO”, disse Haddad. A decisão era amplamente esperada pelo mercado, que tem observado – com certo ceticismo -, a disposição do Governo Federal em avançar com uma agenda de corte de despesas.

Governo mantém projeção de alta do PIB de 2024 em 2,5% e piora expectativa para 2025. Conforme boletim divulgado nesta quinta-feira (18) pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda, houve manutenção na projeção para o crescimento econômico do Brasil neste ano em 2,5%. Contudo, foi registrado piora na expectativa para a alta do PIB de 2025 de 2,8% para 2,6%. O documento também apontou uma deterioração na visão do governo para a inflação, com a projeção para o IPCA indo a 3,9% em 2024, ante previsão de 3,7% feita em maio, enquanto o índice para 2025 foi ajustado de 3,2% para 3,3%.Banco Central está aberto a medidas de política monetária em meio a incertezas. Falando em um fórum de cooperativas de crédito no estado de Goiás nesta terça-feira (16), o diretor de política monetária do Banco Central do Brasil, Gabriel Galípolo, enfatizou a postura cautelosa e dependente de dados por parte do Banco Central devido ao aumento da incerteza. Galípolo destacou que o atual ambiente econômico desafiador, caracterizado por um mercado de trabalho forte e pressões sobre o real, impede o Banco de fornecer orientações específicas sobre a direção de futuros cortes de juros. Além disto, afirmou que reconhece que fatores domésticos estão contribuindo para o enfraquecimento do real e também atribuiu este resultado ao fortalecimento global do dólar americano em decorrência das expectativas das taxas de juros dos EUA mais altas por um período prolongado.

OUTRO NO MUNDO

Livro Bege do Fed mostra crescimento econômico lento no início do 3° trimestre. De acordo com a edição mais recente do Livro Bege divulgada nesta quarta-feira (17) pelo Federal Reserve Bank de Richmond, com base em informações coletadas até 8 de julho, a economia dos EUA cresceu em um ritmo lento no início do terceiro trimestre. “As expectativas para o futuro da economia são de um crescimento mais lento nos próximos seis meses devido à incerteza em torno das eleições deste ano, política doméstica, conflitos geopolíticos e inflação”, diz o relatório. Os salários cresceram em um ritmo de modesto a moderado na maioria dos distritos, embora os preços tenham subido ligeiramente, no geral. Os gastos do consumidor mostraram pouca ou nenhuma mudança. O emprego também aumentou, mas ligeiramente.

Vendas varejistas nos EUA ficam estáveis em junho. De acordo com dados do Departamento do Comércio publicados nesta terça-feira (16), as vendas varejistas nos Estados Unidos somaram US$ 704,3 bilhões em junho, ficando em estabilidade em relação ao mês de maio. O dado mensal veio levemente acima do esperado pelos analistas, que estimavam uma queda de 0,2% no mês. Em relação a junho de 2023, as vendas no varejo subiram 2,3%.

Alta dos estoques empresariais dos EUA supera expectativas em maio. O Departamento do Comércio dos Estados Unidos informou nesta terça-feira (16) que os estoques empresariais aumentaram 0,5% em maio, após registrarem alta de 0,3% no mês anterior. O resultado veio acima do esperado pelos analistas, que estimavam uma alta de 0,4% no mês. Em relação a maio de 2023, os estoques aumentaram 1,6%.

Inflação ao consumidor anual na zona do euro desacelera para 2,5% em junho. Segundo dados revisados divulgados nesta quarta-feira (17) pelo Eurostat, escritório de estatísticas da União Europeia, a taxa anual de inflação ao consumidor (IPC) da zona do euro desacelerou para 2,5% em junho após registrar 2,6% em maio. O resultado de junho confirmou a leitura preliminar e veio em linha com a expectativa de analistas. Na comparação mensal, o IPC da área da moeda comum subiu 0,2% em junho, conforme o esperado. No que se refere ao núcleo do índice, que desconsidera as variações de preços de energia e de alimentos, houve avanço anual de 2,9% em junho, confirmando a estimativa inicial e repetindo a variação de maio. Já na leitura mensal, o núcleo do índice de preços ao consumidor avançou 0,4%.BCE mantém taxas de juros inalteradas, conforme o esperado. O Banco Central Europeu (BCE) divulgou nesta quinta-feira (18) que decidiu manter inalteradas as taxas de juros, conforme já era amplamente esperado. A taxa de refinanciamento, a principal, continuou em 4,25%, enquanto a taxa sobre depósitos ficou em 3,75% e a taxa sobre empréstimos marginais permaneceu em 4,50%. Em comunicado, o comitê reconheceu que a maioria das medidas de inflação na região da zona do euro ficou estável ou recuaram no mês de junho. Contudo, o colegiado avaliou que as pressões internas sobre os preços ainda são altas e a inflação de serviços está elevada.

PIB da China cresce 4,7% no 2º trimestre, abaixo do previsto. Segundo dados do NBS, o Produto Interno Bruto (PIB) da China cresceu 4,7% no segundo trimestre de 2024 ante o mesmo período do ano passado. O resultado, que representa desaceleração em relação à expansão de 5,3% do trimestre anterior, veio abaixo do esperado pelos analistas, que estimava um crescimento de 5,1%. Conforme divulgado pela agência Xinhua, o NBS atribuiu o crescimento mais fraco do segundo trimestre a fatores de curto prazo, como clima extremo e inundações, além de também refletir desafios crescentes, sobretudo devido à demanda efetiva insuficiente e ao fluxo econômico doméstico instável. No que se refere ao primeiro semestre do ano, o PIB da China atingiu cerca de 61,68 trilhões de yuans (cerca de US$ 8,65 trilhões).

BC da China mantém taxa de juros de médio prazo inalterada. O Banco do Povo da China (PBoC) publicou nesta segunda-feira (15) que resolveu manter a taxa da linha de empréstimo de médio prazo – conhecida como MLF – de um ano inalterada em 2,5% ao ano, o mesmo patamar pelo 11º mês consecutivo. A decisão do PBoC veio juntamente com o movimento de injeção de liquidez de 100 bilhões de yuans (US$ 13,79 bilhões) na economia. Mercado imobiliário da China indica melhora, mas preços continuam a recuar. Conforme dados publicados pelo NBS, o escritório nacional de estatísticas do país, as vendas de novas moradias caíram 26,9% entre janeiro e junho ante igual período do ano passado. Contudo, o resultado indica uma leve melhora no mercado imobiliário chinês em relação à queda de 30,5% nas vendas observada entre janeiro e maio deste ano. Segundo cálculos do The Wall Street Journal, baseados em dados divulgados pelo NBS referentes às 70 maiores cidades da China, o preço médio de novas moradias recuou 0,67% em junho ante maio. Em maio o preço havia caído de forma mais intensa, 0,71%.

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