UM OLHO NO BRASIL
IGP-M desacelera segundo prévia de novembro. O Índice Geral de Preços Mercado (IGP-M) registrou um avanço de 0,61% na segunda prévia de novembro, em comparação com a elevação de 0,64% observada na mesma leitura de outubro. Este resultado foi influenciado pelo arrefecimento do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M), que apresentou um aumento de 0,74% nesta leitura, em contraste com a alta de 0,83% na segunda prévia de outubro. Houve, igualmente, uma desaceleração no Índice Nacional da Construção Civil (INCC-M), atingindo 0,26%, em comparação com o aumento de 0,28% no mês anterior. Por outro lado, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M) acelerou para 0,30% na segunda prévia de novembro, após ter registrado um acréscimo de 0,14% na mesma leitura de outubro.
Monitor do PIB da FGV aponta estagnação no 3º trimestre. De acordo com o Monitor do PIB, elaborado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV/Ibre), o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro permaneceu estagnado (0,0%) no 3º trimestre de 2023 em relação ao 2º trimestre deste mesmo ano. Em comparação com o 3º trimestre de 2022, registrou-se um crescimento de 1,8% no PIB durante o 3º trimestre de 2023. No mês de setembro, a atividade econômica apresentou contração de 0,6% em relação a agosto. Quando comparado a setembro de 2022, observou-se uma expansão de 0,8% em setembro de 2023.
Governo reduz projeção para PIB em 2023 e 2024. A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda ajustou para baixo sua estimativa para o crescimento econômico do Brasil em 2023, fixando-a em 3,0%. “A mudança repercute, principalmente, revisão para a estimativa de variação do PIB no terceiro trimestre, de 0,1% para 0,0% na margem, além do menor dinamismo previsto para a atividade em serviços”, informou a SPE em comunicado. Para o ano de 2024, a expectativa sofreu um leve recuo, passando de 2,3% para 2,2%, devido a uma deterioração do cenário externo, decorrente de conflitos geopolíticos, desaceleração do crescimento chinês e prolongamento do ciclo de juros em importantes economias por um período mais extenso.
Confiança do consumidor tem queda em novembro. De acordo com informações divulgadas pela FGV/Ibre, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) registrou um declínio de 0,2 ponto em novembro, atingindo 93,0 pontos. Em termos de médias móveis trimestrais, o índice apresentou uma queda de 1,3 ponto, chegando a 94,4 pontos, marcando a segunda retração mensal consecutiva. No mês de novembro, a diminuição da confiança foi influenciada pelas avaliações sobre a situação atual e pelas perspectivas para os próximos meses.
S&P rebaixa rating das Casas Bahia. A agência de classificação de risco S&P rebaixou os ratings de crédito de emissor e emissão do Grupo Casas Bahia (BHIA3) de ‘brA-‘ para ‘brBBB-‘ em escala nacional. A perspectiva do rating de emissor é negativa. Segundo a entidade, os números reportados pela companhia no 3º trimestre deste ano indicam que o grupo não alcançará as métricas de crédito esperadas. A agência destaca que não antecipa uma crise de pagamento ou de crédito nos próximos 12 meses, mas avalia que a estrutura de capital da Casas Bahia é frágil.
OUTRO NO MUNDO
Ata do Fomc mostra que ciclo de juros ainda exige cautela. A ata da última reunião do Comitê de Mercado Aberto (FOMC) do Federal Reserve revelou que os membros estão inclinados a adotar uma postura de “cautela” em relação ao ciclo de juros. Conforme registrado no documento, a economia dos Estados Unidos expandiu-se vigorosamente no 3º trimestre, enquanto as condições do mercado de trabalho permaneceram restritivas, caracterizadas pela manutenção de ganhos de emprego e uma baixa taxa de desemprego. Paralelamente, a inflação dos preços ao consumidor permaneceu elevada, embora continue a manifestar sinais de desaceleração. Na decisão tomada durante a reunião realizada em 10 de novembro, optou-se por manter as taxas de juros dentro da faixa estabelecida entre 5,25% e 5,5%.
Dirigentes do BCE mencionam preparação para subir juros em caso de necessidade. Com base nas informações registradas na ata da última reunião de política monetária, os dirigentes do BCE chegaram a um consenso de que deveriam estar prontos para elevar as taxas de juros novamente, se necessário, mesmo que tal medida não corresponda ao seu cenário-base. “Os membros favoreceram deixar a porta aberta para uma possível nova subida das taxas, em linha com a ênfase do Conselho do BCE na dependência de dados”, informa o documento. Os dirigentes também decidiram que o conselho deveria reforçar seu compromisso em manter as taxas em níveis restritivos pelo tempo que for necessário.
Prévias do PMI composto da zona do euro apontam para alta em novembro. De acordo com os dados coletados pela S&P Global e o Hamburg Commercial Bank, o PMI composto da zona do euro registrou um avanço, com alta de 46,5 em outubro para 47,1 na leitura preliminar de novembro, atingindo o patamar mais elevado em dois meses. O PMI exclusivo do setor industrial apresentou alta de 43,1 em outubro para 43,8 na prévia de novembro, superando a expectativa dos analistas, que projetavam uma métrica de 43,2. Além disso, o PMI de serviços aumentou de 47,8 em outubro para 48,2 na leitura preliminar de novembro, superando a projeção de 48,1 dos analistas.
Consultores do governo chinês solicitam manutenção de meta de crescimento em 2024 e maiores estímulos. Conselheiros do governo da China estão propensos a recomendar a manutenção das metas de crescimento econômico para o próximo ano no intervalo de 4,5% a 5,5%, visando promover o desenvolvimento de longo prazo. Para alcançar tais objetivos, os consultores afirmam que Pequim deveria implementar medidas de estímulo fiscal, considerando que o crescimento deste ano foi influenciado pelo efeito de base decorrente dos lockdowns da Covid-19 do ano anterior. O economista governamental, Yu Yongding, destacou a necessidade de adotar política fiscal e monetária expansionistas para impulsionar a demanda agregada, defendendo uma meta de crescimento em torno de 5%.
Índice de atividade nacional dos EUA tem queda em outubro. Conforme os dados divulgados pelo Fed de Chicago, o índice de atividade nacional dos Estados Unidos registrou queda, passando de -0,02 em setembro (dados revisados) para -0,49 em outubro. A média móvel de três meses desse índice diminuiu para -0,22 em outubro, contrastando com o valor neutro observado em setembro. Adicionalmente, o Índice de Difusão CFNAI também apresentou uma redução, atingindo -0,20 em outubro, em comparação com +0,08 em setembro.
