Overview 29.09.23

UM OLHO NO BRASIL

Ata do Copom reforça cortes graduais na Selic. O Copom divulgou nesta terça (26), a ata de sua última reunião, ocorrida nos dias 19 e 20 de setembro. No documento, a autoridade monetária reiterou seu compromisso de manter cortes graduais nas próximas reuniões. Além disso, os membros do Copom destacaram novamente a importância da conjuntura fiscal, enfatizando que o cumprimento das metas é crucial para ancorar as expectativas de inflação e, por conseguinte, orientar a política monetária.

IGP-M avança em setembro. Após uma queda de 0,14% em agosto, o Índice Geral de Preços-Mercado, registrou um aumento de 0,37% em setembro. O resultado ficou abaixo das expectativas do mercado, que esperava um avanço de 0,40% no mês. Com esse desempenho, o índice acumula uma queda de 5,97% nos últimos 12 meses. A elevação mensal foi impulsionada pelos reajustes nos preços dos combustíveis anunciados pela Petrobras em meados de agosto, que resultaram em um aumento de 16,3% na gasolina e de 25,8% no diesel vendidos às distribuidoras.

Setor público tem déficit primário menor em agosto. O setor público consolidado, abrangendo Governo Central, Estados, municípios e estatais, apresentou um déficit primário de R$ 22,830 bilhões em agosto. Esse valor representa uma melhora em relação ao resultado deficitário de R$ 35,809 bilhões registrado em julho. No acumulado do ano até agosto, as contas do setor público acumularam um déficit primário de R$ 79,009 bilhões, equivalente a 1,12% do PIB. Além disso, a dívida bruta do Brasil aumentou no mês, alcançando 74,4% do PIB, em comparação com os 74,0% do mês anterior.

Taxa média de desemprego fecha em queda no trimestre encerrado em agosto. No trimestre encerrado em agosto, a taxa de desemprego no Brasil foi de 7,8%. Esse valor representa uma redução de 0,5 ponto percentual em comparação ao trimestre anterior, de março a maio de 2023. Quando comparado com o mesmo período de 2022, a taxa de desocupação diminuiu 1,1 ponto percentual. Em termos numéricos, o contingente de pessoas desempregadas foi de 8,4 milhões no trimestre encerrado em agosto de 2023.

IPCA-15 acelera em setembro. O IPCA-15 apresentou um aumento de 0,35% em setembro, em comparação com a elevação de 0,28% registrada em agosto. Apesar desse resultado, a variação mensal ficou aquém das expectativas dos analistas de mercado, que estimavam 0,38%, de acordo com o consenso Refinitiv. Com isso, o indicador acumula uma variação positiva de 5,00% nos últimos 12 meses. Entre as atividades que mais influenciaram o indicador, destaca-se o setor de transportes, com uma variação de 2,02% e um impacto de 0,41 ponto percentual, principalmente devido ao aumento de 5,18% no preço da gasolina. Por outro lado, o grupo de Alimentação e Bebidas desacelerou no mês, refletindo a queda nos preços dos alimentos em domicílio.

S&P eleva previsão para crescimento do PIB do Brasil. A agência de classificação de risco S&P Global Ratings aumentou a projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil este ano, elevando de 1,7% para 2,9%. Essa mudança de perspectiva foi influenciada pelos dados positivos na produção agrícola e pelas medidas de estímulo fiscal que impactaram os gastos das famílias. No entanto, a instituição reduziu a estimativa para a atividade econômica brasileira em 2024, de 1,5% para 1,2%, com a expectativa de que esses fatores venham a diminuir.

OUTRO NO MUNDO

Projeção de crescimento do PIB dos EUA no 2º trimestre fica estável. Os dados referentes ao Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos indicaram uma estabilidade de 2,1% em termos anualizados durante o segundo trimestre. Esse resultado permaneceu consistente com a estimativa anterior e alinhado às expectativas do mercado. No que diz respeito ao mercado de trabalho, o ambiente ainda demonstra resiliência, registrando 204.000 novas solicitações de auxílio-desemprego em comparação com as 202.000 da semana encerrada em 23 de setembro.

Núcleo da inflação do consumo dos EUA avança em agosto. O núcleo do índice de preços de gastos com consumo (PCE) dos Estados Unidos, registrou um avanço de 0,1% em agosto, em comparação com o mês anterior. Já o indicador acumulado de doze meses apresentou um aumento de 3,9%. Vale ressaltar que o núcleo do PCE desconsidera as variações de preços em itens mais voláteis. Incluindo esses elementos, a variação foi de 0,4% em termos mensais e de 3,5% em termos anuais.

Governo chinês lança novas medidas para zonas de livre comércio. O governo chinês, por meio do Ministério do Comércio, anunciou a intenção de impulsionar ainda mais a construção de zonas de livre comércio em todo o país. Esse plano foi acordado em colaboração com representantes de 21 zonas de livre comércio em diferentes províncias, com o objetivo de realizar uma “abertura em alto nível”. Essa iniciativa visa elevar o padrão do comércio chinês no cenário internacional, ao mesmo tempo em que se compromete a aderir às normas comerciais estabelecidas.

Presidente do BCE destaca persistência de pressão sobre os preços domésticos. A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, ressaltou a persistência das pressões sobre os preços domésticos na região. Todavia, a autoridade enfatizou que esse impulso começará a enfraquecer, o que levará ao alcance da meta de inflação de 2% até o final de 2025. Essa dinâmica é influenciada pela persistência da inflação nos serviços, impulsionada por gastos robustos em feriados e viagens, bem como por aumentos salariais substanciais em um mercado de trabalho que continua resiliente.

Inflação ao consumidor anual da zona do euro desacelera em setembro. A inflação anual ao consumidor na zona do euro desacelerou em setembro, atingindo 4,3%, em comparação com os 5,2% registrados em agosto. Este resultado ficou abaixo das expectativas dos analistas consultados pela FactSet, que projetavam uma taxa de 4,8%. Quanto ao núcleo do Índice de Preços ao Consumidor (CPI), houve um aumento de 4,5% em setembro, no acumulado anual, ante 5,3% registrado em agosto.

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