PRINCIPAIS DESTAQUES
- Confiança do consumidor volta a subir em outubro;
- Taxa de desemprego mantém mínima histórica no trimestre encerrado em setembro;
- Dívida pública bruta sobe para 78,1% do PIB em setembro;
- Fed reduz juros em 0,25 p.p.;
- PIB da zona do euro cresce 0,2% no 3º trimestre;
- EUA e China firmam trégua comercial e retomam diálogo após seis anos.
UM OLHO NO BRASIL
Confiança do consumidor volta a subir em outubro. O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), da Fundação Getulio Vargas (FGV), avançou 1,0 ponto em outubro, para 88,5 pontos, registrando o segundo aumento consecutivo. O resultado reflete melhora tanto na percepção sobre o momento atual quanto nas expectativas para os próximos meses, com destaque para o avanço entre as famílias de menor renda. Segundo a FGV, a recuperação gradual da confiança é sustentada pela estabilidade do mercado de trabalho e pela desaceleração da inflação, embora o nível elevado de juros ainda limite uma retomada mais ampla do otimismo.
IGP-M registra queda de 0,36% em outubro. O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) recuou 0,36% em outubro, após alta no mês anterior, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV). Com o resultado, o indicador acumula queda de 1,30% no ano e alta de 0,92% em 12 meses. A redução foi influenciada principalmente pela desaceleração dos preços no atacado, que refletem o recuo das commodities e a menor pressão dos custos industriais. Já os segmentos de consumo e construção apresentaram variações moderadas, reforçando o cenário de maior estabilidade dos preços na economia.
Taxa de desemprego mantém mínima histórica no trimestre encerrado em setembro. A taxa de desocupação ficou em 5,6% no trimestre encerrado em setembro, repetindo o menor nível da série histórica iniciada em 2012, segundo o IBGE. O resultado indica estabilidade do mercado de trabalho após quedas consecutivas observadas desde o início do ano e veio ligeiramente acima da mediana das projeções de mercado, de 5,5%. Apesar do ritmo mais moderado na geração de vagas formais, o cenário segue favorável, sustentado pela expansão do emprego e pelo aumento real dos rendimentos. Na comparação anual, a taxa recuou frente aos 6,4% registrados em 2024.
Dívida pública bruta sobe para 78,1% do PIB em setembro. A Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) alcançou 78,1% do PIB em setembro, ante 77,5% em agosto, segundo o Banco Central. A Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) passou de 64,2% para 64,8% do PIB no mesmo período. O setor público consolidado registrou déficit primário de R$ 17,5 bilhões, resultado em linha com as estimativas de mercado. O governo central apresentou déficit de R$ 14,9 bilhões, enquanto estados e municípios tiveram saldo negativo de R$ 3,5 bilhões. As empresas estatais registraram superávit de R$ 1,0 bilhão.
Brasil cria 213 mil empregos formais em setembro. O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) registrou a criação líquida de 213 mil vagas com carteira assinada em setembro, uma redução de 15,5% em relação ao mesmo mês de 2024, segundo o Ministério do Trabalho e Emprego. No acumulado de 2025, foram abertas 1,71 milhão de vagas formais, queda de 14% na comparação anual. O saldo foi positivo em quatro dos cinco grandes setores da economia, com destaque para serviços e comércio. O salário médio de admissão ficou em R$ 2.286,34.
OUTRO NO MUNDO
Fed reduz juros em 0,25 p.p.. Nesta quarta-feira (29), o Federal Reserve reduziu a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, levando o intervalo para 3,75% a 4,00% ao ano. Foi o segundo corte consecutivo em 2025. No comunicado, o Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) informou que a economia dos Estados Unidos segue em crescimento moderado, e o mercado de trabalho permanece estável. O banco central também anunciou que, a partir de dezembro, encerrará o processo de redução do balanço patrimonial, passando a reinvestir os vencimentos de títulos do Tesouro para manter o tamanho da carteira estável.
PIB da zona do euro cresce 0,2% no 3º trimestre. A economia da zona do euro avançou 0,2% no terceiro trimestre de 2025 em relação ao trimestre anterior e 1,3% na comparação anual, segundo dados divulgados pela Eurostat nesta quinta-feira (30). O resultado foi impulsionado principalmente pelo setor de serviços e pelo consumo das famílias, que compensaram o ambiente de crédito mais restritivo e a desaceleração do comércio internacional.
Atividade industrial da China recua em outubro. O Índice de Gerentes de Compras (PMI) industrial da China caiu para 49,0 pontos em outubro, permanecendo abaixo do limite de 50 e registrando o sétimo mês consecutivo de retração, segundo o Departamento Nacional de Estatísticas (NBS). Já o PMI não manufatureiro avançou para 50,1 pontos, e o PMI composto ficou em 50,0 pontos, indicando estabilidade na atividade econômica. O resultado evidencia a continuidade da fraqueza no setor manufatureiro, compensada por leve recuperação nos serviços.
EUA e China firmam trégua comercial e retomam diálogo após seis anos. Durante a cúpula da Apec, em Busan (Coreia do Sul), nesta quinta-feira (30), Estados Unidos e China acertaram uma trégua comercial de 12 meses, que inclui a suspensão, por parte de Pequim, dos controles adicionais sobre exportações de terras raras anunciados ao longo de 2025. Em troca, Washington concordou em reduzir parte das tarifas ligadas a insumos químicos associados ao fentanil e a adiar novas medidas sobre o setor de tecnologia. O acordo também prevê que a China amplie as compras de soja e de energia dos EUA. A trégua foi classificada pelos dois lados como medida de estabilização, não como fim definitivo das disputas.
EUA e Japão assinam acordo sobre minerais críticos e terras raras. Estados Unidos e Japão firmaram nesta terça-feira (28) um acordo de cooperação voltado ao fornecimento e processamento de minerais críticos e terras raras, com o objetivo de fortalecer as cadeias produtivas e reduzir dependências externas. O anúncio foi feito durante a visita do presidente Donald Trump a Tóquio, em reunião com a primeira-ministra Sanae Takaichi. O entendimento prevê investimentos coordenados, simplificação de licenças e criação de estoques estratégicos, além de cooperação com parceiros internacionais para diversificar o acesso a insumos considerados essenciais para a transição energética e a indústria tecnológica.
