Super Quarta – 30.07.2025

Na Super Quarta mais recente, ocorrida nesta quarta-feira (30), os Bancos Centrais do Brasil e dos Estados Unidos mantiveram a postura contracionista observada nas decisões de política monetária anteriores. A Super Quarta se refere ao dia em que, coincidentemente, ocorre a divulgação simultânea das decisões de juros no Brasil e nos Estados Unidos. Esses eventos são amplamente aguardados pelos mercados uma vez que essas definições influenciam diretamente as expectativas econômicas, os fluxos de capitais e as estratégias globais de investimento.

Nos Estados Unidos, o Fed manteve a taxa de juros no intervalo de 4,25% a 4,50%, decisão que, embora esperada, não foi unânime, com dois diretores votando por cortes. Em entrevista coletiva após a reunião, o presidente do Fed, Jerome Powell, destacou que a inflação ainda acima da meta justifica uma postura mais cautelosa sobre o momento oportuno para o primeiro corte de juros em 2025. Apesar da expectativa do mercado de que esse movimento ocorra na reunião de setembro, Powell argumentou que os dirigentes avaliarão atentamente os dados a serem divulgados nos dois meses à frente, reiterando que não há nada decidido sobre a próxima reunião.

No Brasil, o Copom manteve a Selic em 15,00% ao ano, permanecendo no maior patamar desde 2006, em decisão unânime. Em comunicado, o Banco Central destacou que o conjunto dos indicadores de atividade econômica tem apresentado certa moderação no crescimento, conforme esperado. Apesar disso, o mercado de trabalho ainda se mostra resiliente. Em relação à inflação, o comitê observou que o cenário segue sendo marcado por expectativas desancoradas e projeções de inflação elevadas. O comitê também mencionou que tem acompanhado atenciosamente, os anúncios referentes à imposição pelos EUA de tarifas comerciais ao Brasil, endossando a postura de cautela em cenário de maior incerteza. Adicionalmente, argumentou que segue acompanhando os impactos da política fiscal sobre a política monetária e os ativos financeiros. Por fim, caso o cenário projetado se confirme, o Copom antecipou uma continuação na interrupção no ciclo de alta de juros com o objetivo de avaliar os efeitos defasados dos aumentos já implementados.

Em suma, a manutenção das taxas de juros por parte dos bancos centrais do Brasil e dos Estados Unidos reforça o tom cauteloso adotado diante de um ambiente econômico ainda marcado por incertezas, mesmo que isso implique em manter os juros elevados por mais tempo.

Compartilhar

Confira outros artigos

Na Super Quarta mais recente, ocorrida nesta quarta-feira (30), os Bancos Centrais do Brasil e dos Estados Unidos mantiveram a

PRINCIPAIS DESTAQUESIPCA-15 sobe em 0,33% em julho;Arrecadação federal atinge recorde histórico no primeiro semestre de 2025;Lula diz que Brasil está pronto

Conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (25), o Índice Nacional de Preços ao