Pela décima vez consecutiva, o Banco Central Europeu (BCE) decidiu elevar sua principal taxa de juros, fazendo com que a taxa de refinanciamento passasse do patamar de 4,25% para 4,50%. A decisão foi divulgada nesta quinta-feira (14) e tem por objetivo fazer com que a inflação recue para a meta de 2,0%.
As projeções de inflação para 2023 e 2024 foram elevadas para 5,6% e 3,2%, respectivamente, enquanto para 2025 foi reduzida para 2,1%.
A zona do euro vive hoje uma situação em que a inflação mostra um movimento de desaceleração, apesar de ainda permanecer em um patamar elevado (5,3%). O núcleo tem sido mais resiliente e está, atualmente, no mesmo patamar de 5,3%.
Além disso, a economia da região está tendo dificuldades de crescimento: o PIB apresentou alta de 0,1% no segundo trimestre do ano.
Essa situação torna as decisões do BCE mais delicadas, pois, ao mesmo tempo que a alta de juros visa combater o processo inflacionário, também afeta negativamente o crescimento econômico.
Segundo o comunicado, as próximas decisões terão como base os novos dados divulgados, de forma a influenciar na decisão do nível de juros apropriado e na duração necessária do aperto monetário.